Níveis de radiação estão a ser monitorizados.
De visita a Chernobyl por ocasião dos trinta e seis anos desde o desastre nuclear, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Mariano Grossi, afirmou que podia ter acontecido um novo acidente, quando o complexo foi ocupado pelas forças russas em Fevereiro passado.
Situada a cerca de 100km de Kiev, a central da cidade-fantasma foi ocupada por tropas russas a 24 de fevereiro, até à sua retirada nos fins de março, quando o foco da ofensiva se mudou da capital para o leste da Ucrânia.
Rafael Mariano Grossi referiu que, depois da ocupação das instalações, há muitas reparações e trabalho a ser feito, em colaboração com a autoridade reguladora da Ucrânia, para avaliar os níveis de radiação e a segurança.
Segundo a informação avançada pelo regulador ucraniano à agência em fevereiro, as altas medições de radiação na central podem ter sido causadas pela passagem de veículos militares pesados, que agitavam o solo ainda contaminado do acidente de 1986.
As forças russas continuam a controlar uma central nuclear em funcionamento em Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia.