Inflação: "Culpa é do Ocidente", diz Putin

Vladimir Putin
Vladimir Putin Direitos de autor Mikhail Metzel, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP
De  Ricardo Figueira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Para o presidente russo, não é a guerra na Ucrânia que está a fazer subir os preços, mas as sanções impostas pelos países ocidentais.

PUBLICIDADE

Os preços dos combustíveis, da energia e de bens essenciais estão a subir, um pouco por todo o mundo, como reflexo da guerra na Ucrânia e das sanções impostas à Rússia. O presidente russo Vladimir Putin aponta o dedo ao ocidente e diz que a culpa não é da Rússia por ter invadido a Ucrânia, mas sim dos países ocidentais por terem escolhido a via das sanções: "Quero enfatizar que a culpa é, exclusivamente, das elites dos países ocidentais, que estão prontas a sacrificar o resto do mundo para manter o domínio global", disse o chefe do Kremlin.

A culpa é, exclusivamente, das elites dos países ocidentais, que estão prontas a sacrificar o resto do mundo para manter o domínio global
Vladimir Putin
Presidente da Rússia

Putin acrescentou que as medidas ocidentais podem causar fome no mundo, por falta de alimentos, num ano que garante ser recorde no que toca à colheita de cereais. Produtos que não vão poder ser exportados para os países que impuseram sanções.

"De acordo com os peritos, esperamos boas colheitas este ano. As colheitas de cereais podem atingir os 130 milhões de toneladas, incuindo 87 milhões de toneladas de trigo. Se isso se conformar, será um recorde em toda a história da Rússia", acrescentou Putin.

Em Tóquio, no encontro entre o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida com o presidente do Conselho Europeu Charles Michel e a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen saiu uma vontade conjunta de continuar as sanções à Rússia, tal como a preocupação com as ligações estreitas entre a Rússia e a China.

"A Rússia é a mais direta ameaça à ordem mundial dos dias de hoje, com esta guerra bárbara contra a Ucrânia, o preocupante pacto com a China e o apelo a novas relações internacionais, marcadas pela arbitrariedade", disse Von der Leyen,

A Rússia é a mais direta ameaça à ordem mundial dos dias de hoje.
Ursula von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia

Perante a ligação entre a China e a Rússia, o Japão e a União Europeia prometeram trabalhar mais em conjunto.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Subida da inflação na Turquia leva a fuga de médicos

Guerra entre a Rússia e a Ucrânia provoca escassez e aumento dos preços do óleo alimentar

Guerra na Ucrânia faz subir em flecha preços dos alimentos