Dois terços dos dinamarqueses votaram pelo fim da cláusula de exclusão em vigor desde 1993
Uma decisão histórica e sem margem para dúvidas: dois terços dos dinamarqueses votaram a favor da adesão à Política Comum de Defesa e Segurança da União Europeia.
A Dinamarca, reescreve a decisão tomada há quase 30 anos e que a deixava o país fora das decisões nesta matéria. O referendo é também uma vitória da primeira-ministra social-democrata.
Para Mette Frederiksen, com este resultado "a Dinamarca enviou um sinal muito importante" aos aliados na Europa e na NATO, mas também a Putin. A chefe do governo de Copenhaga diz que a decisão mostra que a resposta é a união, quando a Rússia "invade um país livre e ameaça a estabilidade na Europa".
A Dinamarca é fundadora da NATO e tinha escolhido manter a soberania em matéria de defesa no âmcito do tratado europeu de Maastricht. O referendo surge num contexto regional de mudança. Perante a guerra na Ucrânia, Finlândia e Suécia formalizaram a adesão à Aliança Atlântica.
A presidente da Comissão Europeia aplaudiu o resultado. Ursula von der Leyen considera que a decisão da Dinamarca é uma "forte mensagem de compromisso para com a segurança comum" da Europa.
Também nas redes sociais, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros considerou que a votação dinamarquesa é um passo que torna o coletetivo europeu "mais forte face aos movimentos tectónicos" atuais.
Com esta decisão, os dinamarqueses passam a poder participar nas discussões sobre Defesa e operações militares da União Europeia.