Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Tensão crescente entre a Rússia e a Lituânia

Gabrielius Landsbergis, ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia
Gabrielius Landsbergis, ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia Direitos de autor  Mindaugas Kulbis/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Mindaugas Kulbis/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Moscovo considera "ilegal e sem precedentes" a proibição de circulação ferroviária pela Lituânia de mercadorias entre a Rússia e Kaliningrado

PUBLICIDADE

"Sem precedentes e ilegal" é assim que a Moscovo classifica a decisão da Lituânia de impedir a circulação ferroviária de mercadorias para o enclave russo de Kaliningrado através do seu território.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse esta segunda-feira aos jornalistas: "A decisão é de facto sem precedentes. Viola todas as regras possíveis. Compreendemos que deriva da decisão da União Europeia de alargar as sanções ao trânsito de mercadorias. Acreditamos que também é ilegal. A situação é mais do que grave a este respeito e requer uma análise muito profunda. Esta análise será feita ao longo dos próximos dias".

A Lituânia, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Gabrielius Landsbergis, justifica a decisão com as sanções europeias contra a Rússia.

"Antes de mais, a Lituânia não está a fazer nada: foram as sanções europeias que começaram a funcionar a partir de 17 de junho, e a indústria está a impor as sanções. Neste momento, os caminhos-de-ferro informaram os seus clientes de que a partir de 17 de junho há mercadorias objeto de sanções, o aço e as mercadorias fabricadas a partir do petróleo já não são autorizadas a transitar pela Lituânia".

As mercadorias proibidas incluem carvão, metais, materiais de construção e tecnologia avançada.

O enclave de Kaliningrado, situado entre a Lituânia e a Polónia, membros da União Europeia e da NATO, é mais um foco na tensão crescente.

Kaliningrado, antigo porto de Koenigsberg, capital da Prússia Oriental, foi capturado da Alemanha nazi pelo Exército Vermelho em abril de 1945 e cedido à União Soviética após a Segunda Guerra Mundial.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que a Rússia não tem o direito de ameaçar a Lituânia, e que Moscovo tem apenas de se culpar a si própria pelas consequências da invasão não provocada e injustificada da Ucrânia.

O tom está a subir entre Moscovo e Vilnius. Numa declaração escrita, a diplomacia russa afirma "se o trânsito "não for totalmente restabelecido, então a Rússia reserva-se o direito de agir para defender os seus interesses nacionais", acrescentando que o encarregado de negócios lituano em Moscovo tinha sido convocado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Enquanto se aguarda uma possível alteração da situação, o governador de Kaliningrado anunciou que os bens afetados pelas restrições seriam transportados para o enclave por navio "no prazo de uma semana".

Num contexto de tensões crescentes entre a Rússia e o Ocidente ao longo da última década, Moscovo afirmou ter colocado ali mísseis Iskander, capazes de transportar ogivas nucleares.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Lituânia contraria Tribunal Europeu e continua a barrar migrantes

Kaliningrado: o enclave no centro da controvérsia devido às sanções contra a Rússia

Lituânia instalou os chamados "dentes de dragão" na fronteira com a Rússia