Secretário-geral da ONU discursou na abertura da 12ª Conferência Petersberg sobre Mudanças Climáticas reúne diplomatas e cientistas oriundos de dezenas de países
Berlim acolhe esta segunda-feira a 12ª Conferência Petersberg sobre Mudanças Climáticas.
Falando antes do início dos trabalhos, a ministra alemã dos negócios estrangeiros Annalena Baerbock recordou que os problemas climáticos não reconhecem fronteiras.
Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, deixou claro que é preciso escolher entre ação coletiva ou suicídio coletivo.
"Metade da humanidade encontra-se na zona de perigo devido a inundações, secas, tempestades extremas e incêndios florestais. Nenhuma nação está imune. No entanto, continuamos a alimentar o nosso vício em combustíveis fósseis. O que mais me preocupa é que, ao enfrentar esta crise global, não estamos a trabalhar em conjunto como uma comunidade multilateral. (...) Excelências, esta tem de ser a década da acção climática decisiva. Isso significa confiança, multilateralismo e colaboração. Temos uma escolha. Acção colectiva ou suicídio colectivo. Está nas nossas mãos", alertou António Guterres, secretário-geral da ONU.
De acordo com um dos principais cientistas no Serviço Copernicus de Vigilância Atmosférica, a tendência para o aumento dos incêndios e das temperaturas vai continuar.
"O estado subjacente da vegetação ou a inflamabilidade, se quiser, o quão vulnerável a vegetação está ao fogo aumenta devido a estas temperaturas mais quentes e secas como resultado das alterações climáticas. Então, nos verões e períodos como estamos agora, basta uma ignição para acender realmente incêndios extremos, que são então muito difíceis de gerir".
A ONG Save The Children alertou para o risco que enfrentam milhões de crianças na Europa devido a doenças respiratórias e de rins devido às temperaturas elevadas que se fazem sentir em todo o continente.
A ONG apela à ação urgente sobre o clima de forma a reduzir a exposição dos mais jovens a ondas de calor.