Draghi demite-se e precipita Itália para novas eleições no outono

Draghi perde apoio dos principais partidos da coligação
Draghi perde apoio dos principais partidos da coligação Direitos de autor Gregorio Borgia/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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O primeiro-ministro perdeu o apoio da maioria para governar e foi ao encontro do Presidente Mattarella, a quem apresentou a decisão

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O primeiro ministro Mario Draghi voltou a apresentar a demissão esta quinta-feira ao presidente de Itália e desta vez a renúncia foi mesmo aceite.

Sergio Matarella tinha pouco espaço desta vez para rejeitar a demissão depois de Draghi não ter conseguido manter a maioria do apoio no parlamento.

Na abertura da sessão desta quinta-feira na câmara dos deputados, o ainda chefe de Governo disse que, "à luz do voto expresso quarta-feira à noite no Senado" iria "suspender de imediato a sessão" para se dirigir ao Presidente da República e apresentar-lhe as suas "determinações", o que se depreende ser a demissão depois do que Draghi referiu quando exigiu no início desta semana um novo voto de confiança para continuar a liderar o governo.

"Obrigado por tudo", afirmou ainda Mario Draghi, dirigindo-se à assembleia e recebendo de volta aplausos.

A sessão parlamentar desta quinta-feira foi suspensa, à espera do resultado da conversa entre Draghi e Mattarella.

O Presidente podia tentar convencer Draghi a encontrar uma nova maioria, mas terá aceitado a demissão e com isso precipita a Itália para novas eleições, que deverão acontecer entre o final de setembro e o início de outubro.

Na quarta-feira, os partidos Forza Italia e a Liga, que pertencem à coligação de governo liderada por Mario Draghi, juntaram-se ao movimento populista 5-Estrelas e não votaram na moção de confiança ao primeiro-ministro no Senado.

Draghi acabou por vencer o voto de confiança, mas com o boicote destes três partidos perdeu o apoio parlamentar necessário para governar.

O primeiro-ministro declarou várias vezes que só ficaria à frente do executivo se mantivesse a maioria no parlamento e cumpriu.

Até ao sufrágio, Mario Draghi e o respetivo executivo mantêm-se em funções apenas para gerir os assuntos correntes.

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