Comissão de inquérito sobre tumultos de 6 de janeiro terminou audiências e poderá acusar Trump de ter agido ilegalmente
A comissão de inquérito do congresso norte-americano encarregada de investigar os tumultos em Washington no dia 6 de janeiro de 2021 já concluiu os trabalhos.
Os membros comissão querem acusar o antigo presidente norte-americano, Donald Trump, de ter agido ilegalmente a fim evitar ser afastado pelo seu sucessor, Joe Biden.
Congressistas republicanos denunciaram as audiências como tendenciosas.
"Os funcionários que permaneceram na Casa Branca na manhã de 7 de Janeiro sabiam que o presidente precisava de se dirigir novamente à nação, e tinham um discurso preparado para ele nessa manhã. Mas ele recusou-se durante horas a proferi-lo", afirmou a Congressista democrata Elaine Luria (Virginia), membro da comissão de inquérito 6 de Janeiro.
Entre vários testemunhos, o painel concluiu que Donald Trump havia ignorado pedidos de funcionários da Casa Branca e mesmo da sua própria família no sentido de acalmar a multidão.
O chefe da comissão de inquérito, Bennie Thompson, acrescentou:
"Não pode haver dúvidas de que o (antigo Presidente dos EUA Donald Trump, ed.) comandou uma multidão, uma multidão que ele sabia estar fortemente armada, violenta e zangada para marchar sobre o Capitólio a fim de tentar impedir a transferência pacífica do poder. Fez do seu próprio vice-presidente (Mike Pence, ed), e dos legisladores alvos para fazerem o trabalho do povo. Estes factos tornaram-se indiscutíveis, e por isso, é preciso que haja responsabilização. Responsabilização nos termos da lei. Prestação de contas ao povo americano".
Os tumultos de de seis de janeiro no Capitólio ocorreram no dia em que o Congresso deveria certificar a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro de 2020.