Milhares participam na Marcha do Orgulho em Budapeste e protestam contra as políticas do Governo em relação aos direitos da comunidade LGBTQIA+
Cerca de 10.000 pessoas participaram, este sábado, na 27ª edição da Marcha do Orgulho de Budapeste, na capital da Hungria.
Nem as temperaturas a rondar os 40°C demoveram os participantes de se manifestar contra as políticas do Governo de Viktor Orbán, em relação aos direitos da comunidade LGBTQIA+, que mereceram já a condenação da União Europeia.
Bruxelas processou, este mês, Budapeste por causa de uma lei aprovada no ano passado para limitar o ensino sobre homossexualidade e questões transgénero nas escolas, a mais recente medida anti-LGBTQ a ser aprovada pelo Governo.
A lei tem sido anunciada pelo Executivo como uma forma de proteger as crianças, mas grupos de Direitos Humanos afirma que discrimina as pessoas LGBTQIA+.
Uma das manifestantes conta que o país "É um lugar surpreendente para se viver, mas a situação política não reflete a realidade". Acredita "que a situação política deve mudar completamente". A jovem defende que o que os políticos estão a fazer é "apenas ódio verbal" e que "não é isso que a sociedade realmente pensa".
Ao longo do percurso, algumas pessoas manifestaram-se contra a marcha do Orgulho, mas em número bastante reduzido...
Uma húngara defende que desde 2020 vivem sob o lema "Recupera o teu futuro", o que sugere que a ansiedade e o medo quotidiano com que a comunidade LGBTQ, vive hoje na Hungria, só pode ser superado em conjunto, trabalhando em conjunto.