Multidão presta homenagem à Rainha, que soube, ao longo dos 70 anos de reinado, "transformar a discórdia em concórdia".
Quando todos os filhos foram chamados para junto da Rainha, no castelo de Balmoral, tornou-se óbvio que o estado de saúde da Rainha era muito grave e as piores notícias poderiam chegar a qualquer momento. Os britânicos começaram a preparar-se e muitos populares juntaram-se desde logo no palácio de Buckingham.
"A Rainha reinou durante todo o meu tempo de vida, por isso é difícil acreditar no que se passou. Não estava à espera que isto acontecesse, sobretudo tão pouco tempo depois de se encontrar com Liz Truss. Ficámos muito incomodados", diz uma súbdita. Outro homem refere: "É uma altura de transição, com uma nova primeira-ministra e um novo monarca. É uma altura de mudança para a Nação".
A Rainha Isabel II foi um ícone dos séculos 20 e 21, a monarca britânica que reinou durante mais tempo.
Manteve-se uma constante no coração e na cabeça do establishment britânico e no modo de vida do Reino Unido. Num país que pode, por vezes, parecer muito dividido, foi sempre extremamente popular e uma força de união, uma fonte de conforto em tempos conturbados e uma Rainha que pôde transformar a discórdia em concórdia.
Chris Imafidon, professor universitário e perito em temas da Família Real, diz: O mundo, a Commonwealht e o mundo anglófono vão ser diferentes, porque ela era uma mão que sabia guiar. Qualquer chefe de Estado queria vê-la por isso mesmo, porque sobreviveu a todos. Passou por 15 primeiros-ministros diferentes.
Foi um longo reinado, marcado por um forte sentido do dever. Uma determinação que a fez dedicar a vida ao trono e ao povo. Algo que será difícil de igualar.