Médicos Sem Fronteiras acusam as Forças Armadas de Malta de "indiferença" face às suas obrigações no salvamento de migrantes.
Após salvarem centenas de migrantes que estavam à deriva, em dois barcos, em águas internacionais no Mar Mediterrâneo, os Médicos Sem Fronteiras acusam as Forças Armadas de Malta de "negligenciarem" a obrigação legal de coordenar os salvamentos e prestar assistência. Entre as pessoas resgatadas numa das embarcações estavam 22 crianças.
Nas redes sociais a organização não-governamental afirmava que "em menos de um dia, 371 pessoas poderiam ter-se afogado", se não tivessem agido. "A indiferença e falta de coordenação por parte das autoridades competentes não é aceitável", garantia.
Mas o drama da emigração clandestina não termina com os salvamentos. Outra tensão manifesta-se, frequentemente, nos acampamentos, sobrelotados, nas ilhas mediterrânicas.
Em Chipre, um destes locais ardeu, parcialmente, após confrontos entre dois grupos rivais. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas e cerca de vinte tendas foram queimadas. As autoridades atribuem o sucedido à sobrelotação do campo, que alberga 2.150 migrantes, mais do dobro da sua capacidade.