Jair Bolsonaro vai ser investigado por ataques em Brasília

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil
Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil Direitos de autor Bruna Prado/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
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Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro aceitou pedido do Ministério Público para investigar se ex-presidente incitou aos motins nos Três Poderes.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro autorizou a investigação de Jair Bolsonaro como autor intelectual e instigador dos ataques aos Três Poderes, em Brasília, no passado domingo. 

O juiz Alexandre de Moraes aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República para incluir o ex-presidente no rol de investigados, com base num vídeo divulgado por Bolsonaro no Facebook, a 10 de janeiro, dois dias após o motim. O mesmo vídeo acabaria por ser apagado pelo próprio, no dia seguinte, quarta-feira.

No site do STF, é referido que "no vídeo, ele reiterava a tese infundada de que houve fraude na eleição do ano passado para presidente da República".

De acordo com o juiz, "a partir de afirmações falsas, repetidas por meio de redes sociais, se formula uma narrativa que deslegitima as instituições democráticas e estimula grupos de apoiadores a atacarem pessoas que representam as instituições, pretendendo sua destituição e substituição por outras alinhadas ao grupo político do ex-presidente, além de instigar apoiadores a cometerem "crimes de extrema gravidade contra o Estado Democrático de Direito".

Alexandre de Moraes quer ainda averiguar o impacto das mensagens publicadas sobre os ataques. Para o efeito, ordenou a criação de uma equipa de "especialistas em comunicação política de movimentos extremistas" e de monitorização "de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais e nas plataformas whatsapp e telegram, de forma a colher evidências".

O antigo chefe de Estado encontra-se nos EUA, para onde viajou dois dias antes da tomada de posse de Lula da Silva. Vários membros do Congresso norte-americano já pediram a Joe Biden a deportação do ex-presidente brasileiro. Mas, para já, Alexandre de Moraes recusa a extradição de Bolsonaro.

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