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"Abram as portas", apela Francisco na Hungria

Papa na Praça Kossuth Lajos, em Budapeste
Papa na Praça Kossuth Lajos, em Budapeste Direitos de autor  Andrew Medichini/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De Euronews
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Papa lança apelo de abertura num país que tem defendido políticas de exclusão. A crise migratória e o acolhimento de refugiados foram prioritários na visita

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No terceiro e último dia de visita à Hungria, o Papa Francisco celebrou uma missa perante cerca de 50 mil pessoas. E foi então, com o parlamento húngaro como pano de fundo, que o Sumo Pontífice apelou "à abertura de portas", deixando bem clara a prioridade deste périplo: as migrações e o acolhimento de refugiados ucranianos, num país conhecido pelas políticas de exclusão do primeiro-ministro Viktor Orbán.

"É triste e dói ver portas fechadas, as portas fechadas do nosso egoísmo em relação àqueles que caminham diariamente ao nosso lado, as portas fechadas do nosso individualismo, as portas fechadas aos que que são estrangeiros, diferentes, migrantes, pobres", declarou o Papa.

O jornalista da Euronews Zoltán Siposhegyi salienta que "sem lançar críticas diretas, Francisco expôs preocupações específicas durante a visita de três dias, sobretudo em relação aos mais pobres, aos doentes e aos refugiados. Várias vezes, desviou-se do programa estabelecido, saindo do carro ou caminhando, para se aproximar ainda mais das pessoas".

A Euronews pediu ao padre László Gájer, da Universidade Católica Pázmány Péter, que avaliasse a forma como decorreu esta visita papal. "Há um grande contraste entre a política de refugiados do governo húngaro e o discurso do Papa. Isso já se sabe há 6 ou 7 anos. Mas, no último Congresso Eucarístico Internacional, em Budapeste, mostrou-se pela primeira vez que podia haver pontos de contacto", diz-nos.

Durante a visita, Francisco louvou o acolhimento dado aos refugiados ucranianos. Segundo László Gájer, "se ouvirmos os discursos que o Papa tem feito, vemos mensagens que indicam que o nacionalismo, ou o exagero da identidade nacional, não são o caminho certo. Deveríamos pensar mais enquanto uma grande comunidade que vive em conjunto na Europa".

Recorde-se que durante a crise migratória de 2015, a Hungria ergueu barreiras nas suas fronteiras, com o chefe do executivo a invocar a proteção da "civilização cristã".

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