O presidente Vucic quer rever a legislação de porte de arma na Sérvia - o terceiro país com mais armas por habitante
Tristeza e consternação nas ruas de Belgrado. A Sérvia está de luto pelas vítimas do tiroteio numa escola e na capital surgem memoriais espontâneos de homenagem às vítimas.
Um jovem de 13 anos matou oito colegas e um segurança da escola. Antes de se entregar à polícia feriu ainda seis outras crianças e um professor.
"Morreram crianças e outra pessoa também. Isto nunca deveria ter acontecido. Acontece, mas é humano dizer que se lamenta e que isto é uma coisa terrível," desabafa uma professora. Ao lado, junto à escola Vladislav Ribnikar, onde aconteceu o tiroteio, um pai mostra-se chocado e aliviado ao memo tempo. "Tenho sorte por o meu filho estar vivo, mas coloco-me no lugar dos pais, daqueles que perderam os seus filhos para sempre. Não sei o que dizer. Isto não está na matriz da nossa sociedade, é a primeira vez que isto acontece," diz.
O incidente generalizou o debate sobre o controlo de armas no país. O presidente sérvio já veio a público propor novas medidas, incluindo uma moratória sobre a emissão de licenças de porte de arma e a revisão das autorizaões emitidas.
Aleksandar Vucic mostra-se chocado com o testemunho do adolescente que terá planeado o ataque meticulosamente. "No seu depoimento, o rapaz mostrou que tinha planeado tudo. Explicou-o de uma forma estranha, que não serve para explicar às pessoas que perderam os seus filhos," disse o chefe de Estado em conferência de imprensa.
O jovem terá utilizado duas armas do pai, ambas com licenças legais em nome do pai que foi entretanto também detido juntamente com a mãe.
Um inquérito recente coloca a Sérvia em terceiro lugar no top de países com mais armas de fogo em circulação - 39 armas por cada 100 habitantes.
Um número atribuído às guerras secessionistas da ex-Jugoslávia durante a década de 1990.