Milhares tentam atravessar fronteira México-EUA

Milhares amontoam-se junto aos postos fronteiriços.
Milhares amontoam-se junto aos postos fronteiriços. Direitos de autor Christian Chavez/AP
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De  Ricardo Figueira
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A norma conhecida como "Título 42", que implica expulsão imediata, acaba quinta-feira, mas processo de pedido de asilo torna-se mais moroso e muitos tentam antecipar-se.

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Homens, mulheres com crianças e até bebés tentam atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos para pedir asilo. Há confusão e ansiedade naquele que é o maior movimento de migrantes dos últimos tempos.

Na quinta-feira à noite, os Estados Unidos vão levantar a medida que tem bloqueado o acesso ao território desde o início da pandemia. No entanto, vão entrar em vigor novas medidas que os migrantes temem que sejam piores. O "título 42", em vigor até agora, permite a expulsão imediata de imigrantes ilegais na fronteira. Embora essa disposição acabe, o processo de entrada pode vir a tornar-se mais moroso.

Wiljen Díaz, migrante venezuelano que tenta atravessar o Rio Grande perto de Matamoros, no México diz: "Dizem que depois do dia 11 não poderemos entrar. É por isso que as pessoas estão com tanta pressa. Ninguém pode dizer com certeza, mas temos de nos antecipar."

Milhares de migrantes estão amontoados nos diferentes postos fronteiriços como o de San Ysidro. Até o Presidente Joe Biden reconheceu que a situação seria "caótica". Para responder, o governo federal mobilizou mais de 24 mil agentes para a fronteira.

Migrantes obrigados a usar app

"Estamos a ver muito mais mulheres com crianças. Se repararmos, estamos a ver crianças muito pequenas, como bebés, com idades entre os 2 e os 3 anos, 5, 6, talvez 10 anos", diz a ativista dos direitos humanos Adriana Jasso.

Quando as novas restrições entrarem em vigor, na quinta-feira à noite, os requerentes de asilo serão sujeitos a uma série de controlos. Devem, por exemplo, marcar uma hora para apresentar um pedido de asilo através de uma app. Se não o fizerem, poderão ser deportados e proibidos de entrar no país durante cinco anos.

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