Na Grécia, foi instaurado um processo contra nove egípcios, detidos como alegados contrabandistas.
A Comissão de Justiça do Parlamento Europeu analisou os recentes naufrágios de migrantes ao largo da costa grega. Os eurodeputados pediram uma "investigação internacional independente" sobre o papel desempenhado pela guarda costeira grega e pela agência de fronteiras da União Europeia (Frontex).
A tragédia "poderá ter custado cerca de 600 vidas", segundo a Comissária Europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.
Até à data, foram recuperados 82 corpos. Cerca de uma centena de migrantes sobreviveram ao naufrágio deste arrastão da Líbia, em mau estado e sobrecarregado, que transportava centenas de pessoas, uma das piores tragédias com migrantes no Mediterrâneo.
Na Grécia, foi instaurado um processo contra nove egípcios, detidos como alegados contrabandistas. O Tribunal Naval grego está também a investigar o papel da guarda costeira do país, acusada pelos sobreviventes de não ter querido salvá-los e até de ter provocado o naufrágio ao tentar puxar o barco com uma corda.
A Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos exortou as autoridades gregas e a Comissão Europeia a "instaurar urgentemente um inquérito internacional independente e transparente" para "examinar as ações das autoridades gregas e da Frontex, bem como a sua conformidade com o direito europeu e internacional", disse a eurodeputada alemã Birgit Sippel (S&D), que presidiu à reunião.