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Degelo da Antártida pode atingir em breve ponto de não retorno

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(arquivo) Direitos de autor  TORSTEN BLACKWOOD/AFP
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Peritos afirmam que diminuição da superfície do continente gelado ainda não é irreversível, mas pode sê-lo em breve e está a acelerar com o aquecimento global

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O degelo da Antártida ainda não é irreversível, mas poderá sê-lo em breve. 

É uma das principais conclusões, propícia a uma dupla leitura, do relatório publicado esta quinta-feira pelo Instituto de Potsdam para a Pesquisa sobre o Impacto das Alterações Climáticas, na Alemanha.

Os números são alarmantes para a maior superfície gelada do planeta: com recordes de temperatura registados nos quatro cantos do mundo, houve 2,7 milhões de quilómetros quadrados de gelo marinho perdido na Antártida, em comparação com as estimativas dos peritos para esta época do ano.

Norman Ratcliffe, British Antarctic Survey: "É mais ou menos o mesmo que dez vezes a área do Reino Unido. É uma enorme anomalia negativa no gelo marinho, que nunca tínhamos visto a esta escala no período que monitorizámos nos últimos 45 anos."

A perda dramática na superfície gelada está nomeadamente a afetar a reprodução das espécies locais, como o pinguim imperador. 

O relatório diz que a situação ainda não é irreversível, mas que podemos atingir o ponto de não retorno mais cedo do que o esperado.

Martin Siegert, cientista polar: "A menos que queiramos assistir a muito mais destas coisas no futuro, temos mesmo de avançar com a descarbonização. Isso não vai resolver o problema, mas haverá uma adaptação que é absolutamente necessária."

O relatório indica que o colapso da Antártida pode ser lento, mas com efeitos severos na subida do nível médio das águas no planeta, e alerta que o processo será certamente acelerado com um aquecimento global mais intenso no futuro.

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