É a primeira viagem ao estrangeiro do presidente russo, desde que é alvo de um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional.
Vladimir Putin fez esta quinta-feira a primeira viagem fora da Rússia desde que foi acusado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Na capital do Quirguistão, o presidente russo sublinhou a importância das relações bilaterais e a vontade de expandir a cooperação militar e de defesa.
Não existe o risco de Putin ser preso, uma vez que este país da Ásia Central não ratificou o Estatuto de Roma, o tratado fundador do TPI.
Durante a visita de dois dias, Putin irá participar numa cimeira da Comunidade de Estados Independentes, que reúne os antigos membros da União Soviética, e vai encontrar-se com os homólogos do Quirguistão e do Azerbaijão.
O primeiro-ministro da Arménia não vai estar presente na cimeira. A ausência é mais uma prova das relações atualmente tensas entre Erevan e Moscovo.
Esta quinta-feira, no Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, a Arménia acusou o Azerbaijão de “limpeza étnica” no Nagorno-Karabakh e pediu proteção para os arménios que ainda vivem no enclave separatista.
"Nada além de medidas provisórias específicas e inequívocas que protejam os direitos dos arménios de Nagorno-Karabakh será suficiente para evitar que a limpeza étnica perpetrada pelo Azerbaijão continue e se torne irreversível", disse o chefe da equipa jurídica da Arménia, Yeghishe Kirakosyan, aos juízes.