Libertação deve-se a "razões humanitárias e de saúde precária". Bombardeamentos a Gaza matam mais 140 pessoas durante a noite, diz Hamas.
O Hamas libertou durante a noite de segunda-feira mais duas reféns. Yocheved Lifshitz, de 85 anos, e Nurit Cooper, de 79 anos, juntam-se assim às duas cidadãs americanas - mãe e filha - já libertadas, na sexta-feira.
Ambas as mulheres, agora em liberdade, tinham sido sequestradas juntamente com os seus maridos, quando se encontravam nas suas casas no kibutz de Nir Oz, perto da fronteira com Gaza, a 7 de outubro.
A decisão de as libertar, informa o braço armado do grupo, deve-se a "razões humanitárias e de saúde precária". No entanto, um negociador do Hamas diz que reféns civis serão libertados se Israel reduzir os bombardeamentos, intensificados nos últimos dias em Gaza.
Mas, de acordo com o grupo radical islâmico, os bombardeamentos israelitas mataram mais 140 pessoas em Gaza, durante a noite.
Após a recente visita de Joe Biden a Israel, os Estados Unidos fizeram depender a intervenção diplomática para um possível cessar-fogo da recuperação dos mais de 200 reféns feitos pelo Hamas.
Washington aconselhou também Israel a adiar a entrada em Gaza, de forma a possibilitar as negociações.
No entanto, Telavive recusa travar a ofensiva terrestre. A decisão é apoiada pelo exército israelita que diz estar preparado para uma ofensiva terrestre e conta com o apoio de Benjamin Netanyahu.
Apesar de a progressão no terreno enquanto decorrem esforços diplomáticos para libertar reféns ter lançado sobre o governo israelita suspeitas de divisão interna, o primeiro-ministro rejeita as acusações.
"Tomamos as decisões aqui e no gabinete de guerra por unanimidade. Fazemo-lo de forma muito responsável. Também o fazemos por reverência", afirmou Netanyahu.
Israel intensifica bombardeamentos a Gaza
O Hamas revela que os bombardeamentos israelitas mataram 140 pessoas em Gaza, durante a noite.
Mais de 5000 palestinianos foram mortos em bombardeamentos israelitas desde o ataque do Hamas a 7 de outubro. A este número, revelado pelo ministério da Saúde de Gaza, acrescem, segundo as Nações Unidas, 1,4 milhões de pessoas, mais de metade da população do enclave, deslocadas internamente.
Israel deixa aviso a Líbano
A crescente troca de fogo junto às fronteiras faz temer um conflito mais alargado. Na cidade israelita de Kiryat Shmona, perto do Líbano, os alertas de ataque e as explosões têm sido frequentes.
Em resposta o exército israelita avisou que a escalada de ataques do Hezbollah contra Israel pode "arrastar o Líbano para uma guerra".