Libertadas as freiras raptadas por grupo armado no Haiti

Violência provocada por grupos armados no Haiti
Violência provocada por grupos armados no Haiti Direitos de autor AP Photo
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De  João AzevedoEuronews
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As seis freiras raptadas no dia 19 de janeiro por um grupo armado nas ruas de Port-au-Prince no Haiti foram libertadas. Não há confirmação sobre se houve pagamento de resgate. Os outros ocupantes do autocarro, que transportava as religiosas no momento do rapto, também já estão em liberdade.

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Foram libertadas as seis freiras da Congregação de Santa Ana raptadas no dia 19 de janeiro por um grupo armado em Port-au-Prince no Haiti. "Este evento traumático voltou a abalar a nossa fé, mas ela está agora inabalável", vincou a Arquidiocese da capital do país.

Fontes conhecedoras do caso não conseguem confirmar se foi pago algum resgate.

Os outros dois ocupantes do autocarro que transportava as religiosas aquando do rapto - uma mulher e o condutor do veículo -  foram igualmente colocados em liberdade.

Durante a oração do Angelus a 21 de janeiro, o papa já tinha expressado a sua dor pelo rapto das freiras e pedido que fossem libertadas, deixando um apelo aos atores nacionais e internacionais para que acabassem com a violência no Haiti. 

Este último rapto é mais um exemplo do clima de violência e insegurança que domina o país. "A Igreja, e particularmente a Igreja no Haiti, acredita que o reino do terror, caos e anarquia não vai ter a última palavra", disse Pierre-André Dumas, bispo na diocese a que pertencem as freiras.". "A Igreja, ao acompanhar a população, está a fazer tudo ao seu alcance para aliviar o sofrimento das pessoas", concluiu. 

Escalada de violência no Haiti

A capital do Haiti tem-se visto a braços com um aumento de raptos por extorsão. Perante a violência generalizada dos gangues, os residentes de Port-au-Prince têm erguido barricadas para autoproteção. Port-au-Prince é controlada em pouco mais de 80% por cerca de 300 gangues armados. 

Segundo as Nações Unidas, a crise económica, política e de segurança do Haiti agravou-se no último ano: os gangues são mais numerosos e têm melhor armamento do que os 14.000 agentes da polícia do país.

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