Comissão Eleitoral Central da Rússia alega irregularidades nas 9.000 assinaturas recolhidas por Nadezhdin.
O Supremo Tribunal da Rússia confirmou que Boris Nadezhdin, figura da oposição russa, cujo principal slogan de campanha é acabar com a guerra na Ucrânia, não poderá candidatar-se à presidência da Rússia nas próximas eleições, que se vão realizar entre 15 e 17 de março.
A Comissão Eleitoral Central da Rússia decidiu não aceitar as 9.000 assinaturas de russos de todo o país que o político liberal tinha apresentado, alegando "irregularidades" nas mesmas, de acordo com as agências internacionais.
De acordo com a lei atual, Nadezhdin tinha de recolher pelo menos 100.000 assinaturas de apoio à sua candidatura. As regras eleitorais russas estabelecem que os potenciais candidatos não podem ser desqualificados por mais de 5% das assinaturas apresentadas.
O juiz já tinha rejeitado dois outros recursos relacionados com aspetos técnicos da decisão da Comissão Eleitoral.
Nadezhdin, de 60 anos, apelou abertamente ao fim do conflito na Ucrânia e ao início de um diálogo com o Ocidente, e afirmou discordar da decisão da Comissão Eleitoral Central, alegando que as assinaturas foram recolhidas "de forma aberta e honesta".