Gangue criminoso invadiu prisão de Port-au-Prince, no domingo, deixando escapar centenas de reclusos. Primeiro-ministro do país acelera contactos no Quénia para mobilizar força de segurança internacional.
No domingo, centenas de reclusos escaparam da prisão principal em Port-au-Prince, capital do Haiti, depois de um gangue armado invadir as instalações.
Três pessoas morreram e não foram vistos guardas prisionais nas proximidades.
De acordo com as autoridades, o ataque à prisão teve como fim "libertar reclusos que foram condenados por assassinato, sequestro e outros crimes graves."
Grupos de defensores dos direitos humanos alegam que a prisão, projetada para 700 reclusos, tinha quase 3700.
Apenas cerca de uma centena deles estavam em celas, a maioria estrangeiros que não tinham para onde ir, como 18 mercenários colombianos condenados em 2021, pelo assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse.
A fuga da prisão é o mais recente episódio da onda de violência e caos que se vive no Haiti, que tem ganhado maior dimensão à medida que uma série de gangues criminosos tem tomado o controlo da capital.
O primeiro-ministro do Haiti Ariel Henry está no Quénia para reunir esforços para uma força de segurança internacional apoiada pelas Nações Unidas capaz de estabilizar o país.
Este cenário tem dificultado o fornecimento de serviços básicos à população, como saúde e educação, assim como a realização de eleições, motivo que tem exacerbado a contestação.
Ariel Henry, que foi nomeado primeiro-ministro após o assassinato de Jovenel Moïse, tinha-se comprometido a realizar eleições até 7 de fevereiro. Agora, aponta para a realização de eleições gerais até 31 de agosto de 2025.