Centenas de reclusos escapam da prisão de Port-au-Prince no Haiti

Haiti tem estado mergulhado numa onda de violência desde o atentado que matou o Presidente Jovenel Moïse em julho de 2021
Haiti tem estado mergulhado numa onda de violência desde o atentado que matou o Presidente Jovenel Moïse em julho de 2021 Direitos de autor Odelyn Joseph/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Gangue criminoso invadiu prisão de Port-au-Prince, no domingo, deixando escapar centenas de reclusos. Primeiro-ministro do país acelera contactos no Quénia para mobilizar força de segurança internacional.

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No domingo, centenas de reclusos escaparam da prisão principal em Port-au-Prince, capital do Haiti, depois de um gangue armado invadir as instalações. 

Três pessoas morreram e não foram vistos guardas prisionais nas proximidades.

De acordo com as autoridades, o ataque à prisão teve como fim "libertar reclusos que foram condenados por assassinato, sequestro e outros crimes graves."

Grupos de defensores dos direitos humanos alegam que a prisão, projetada para 700 reclusos, tinha quase 3700. 

Apenas cerca de uma centena deles estavam em celas, a maioria estrangeiros que não tinham para onde ir, como 18 mercenários colombianos condenados em 2021, pelo assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse.

A fuga da prisão é o mais recente episódio da onda de violência e caos que se vive no Haiti, que tem ganhado maior dimensão à medida que uma série de gangues criminosos tem tomado o controlo da capital.

O primeiro-ministro do Haiti Ariel Henry está no Quénia para reunir esforços para uma força de segurança internacional apoiada pelas Nações Unidas capaz de estabilizar o país.

Este cenário tem dificultado o fornecimento de serviços básicos à população, como saúde e educação, assim como a realização de eleições, motivo que tem exacerbado a contestação. 

Ariel Henry, que foi nomeado primeiro-ministro após o assassinato de Jovenel Moïse, tinha-se comprometido a realizar eleições até 7 de fevereiro. Agora, aponta para a realização de eleições gerais até 31 de agosto de 2025.

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