Palestinianos enterram 43 corpos devolvidos por Israel

Corpos estavam retidos em Israel e foram devolvidos através da passagem de Kerem Shalom
Corpos estavam retidos em Israel e foram devolvidos através da passagem de Kerem Shalom Direitos de autor Hatem Ali/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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Entretanto, as conversações estão suspensas, desaparecendo a esperança de um acordo de cessar-fogo antes do início do Ramadão.

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Enquanto os palestinianos enterram 43 corpos - devolvidos a Rafah pelas autoridades israelitas - numa vala comum, as negociações para um cessar-fogo e a libertação de mais reféns israelitas estão suspensas até à próxima semana. 

Os corpos tinham sido exumados pelos israelitas e levados para análise, na esperança de encontrar alguns dos reféns mortos de cujos corpos não se conhece o paradeiro. Ficaram retidos em Israel até serem agora devolvidos através da passagem de Kerem Shalom. Não há qualquer informação sobre as identidades.

O anúncio da suspensão das negociações põe fim à esperança de uma trégua antes do início do mês do Ramadão, sagrado para os muçulmanos, que deve começar este domingo.

Esta quinta-feira, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu afirmou que as forças armadas vão continuar a operar em toda a Faixa de Gaza, incluindo Rafah, até eliminarem o regime do Hamas, recuperarem todos os reféns e impedirem futuras ameaças de Gaza contra Israel. Netanyahu sublinhou que "parar é perder a guerra".

Guerra já matou 30700 palestinianos

A ajuda humanitária continua a chegar à Faixa de Gaza por via aérea, com a ajuda de paraquedas, numa altura em que a situação dos palestinianos que permanecem no enclave se agrava.

Após quase cinco meses de guerra, grande parte do território foi destruído e vive uma catástrofe humanitária que não para de crescer. Os últimos números, fornecidos pelas autoridades do Hamas na Faixa de Gaza, dão conta de 30700 mortos, entre os palestinianos, desde o início do conflito.

No sul do território, centenas de milhares de pessoas, que fugiram de outras zonas do enclave, vivem em tendas e debatem-se com a escassez de alimentos, o aumento dos preços e a falta de fontes de rendimento.

Para além dos apelos dos líderes internacionais para um cessar-fogo, as organizações humanitárias britânicas uniram-se num apelo ao fim das hostilidades, assinalando antecipadamente o Dia Internacional da Mulher e recordando o que as mulheres e raparigas estão a sofrer devido a esta guerra.

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