Quem são os novos ministros do Governo de Luís Montenegro

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Paulo Rangel é o Ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois do executivo. A pasta das Finanças é entregue, sem surpresas, a Miranda Sarmento. Novo governo toma posse no dia 2 de abril às 18:00.

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O XXIV Governo Constitucional de Portugal terá 17 ministérios, assumidos por dez homens e sete mulheres. É o mesmo número de ministros do primeiro Governo de António Costa, sendo que o executivo de Luís Montenegro é bem mais extenso do que o de Passos Coelho, que tinha apenas 11 ministros. 

Paulo Rangel, primeiro vice-presidente do PSD e ex-deputado europeu, será ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, ficando com o estatuto de número dois do Executivo.

A sensível pasta das Finanças ficará a cargo de Joaquim Miranda Sarmento. O até há pouco tempo líder da bancada parlamentar dos sociais-democratas foi consultor económico em Belém no segundo mandato de Cavaco Silva, tendo também coordenado o programa económico de Rui Rio e tido grande influência na elaboração do programa eleitoral da Aliança Democrática. Miranda Sarmento tem a experiência de dez anos de trabalho no Ministério das Finanças, além das funções de consultor na Unidade Técnica de Apoio Orçamental.

Rangel e Miranda Sarmento serão os dois ministros de Estado.

Para a Presidência, um Ministério eminentemente político, foi escolhido António Leitão Amaro. Foi co-coordenador do programa económico e do programa eleitoral do partido, e já tem experiência governativa como secretário de Estado da Administração Local no executivo de Passos Coelho.

Manuel Castro Almeida, ex-vice presidente de Rui Rio, foi a opção de Montenegro para ministro Adjunto e da Coesão Territorial . É um regresso a funções executivas para o advogado que já desempenhou o cargo de secretário de Estado do Desenvolvimento Regional do governo de Pedro Passos Coelho e também secretário de Estado da Educação e do Desporto no segundo governo de Cavaco Silva.

Pedro Duarte fica com o Ministério dos Assuntos Parlamentares. Enquanto presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), coube-lhe a coordenação do programa eleitoral da Aliança Democrática. Pedro Duarte, homem da confiança de Montenegro, foi secretário de Estado da Juventude no curto governo de Santana Lopes, líder da JSD e vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata (2009-2011).

A Defesa Nacional será responsabilidade de Nuno Melo. O presidente do CDS-PP, ex-deputado europeu, vai tutelar um Ministério que por quatro vezes já foi confiado ao CDS-PP em governos de coligação dos centristas com o PSD. É o único ministério que será assumido pelo CDS-PP.

O Ministério da Justiça é entregue a Rita Júdice, advogada com mais de 25 anos de experiência em direito imobiliário, tendo coordenado precisamente esta área e a do turismo no escritório do pai, José Miguel Júdice.

É, desde o ano passado, coordenadora do Conselho Estratégico Nacional do PSD para o domínio da Habitação, tendo sido eleita nas legislativas como cabeça de lista da AD por Coimbra.

Margarida Blasco vai liderar o Ministério da Administração interna. A juíza-conselheira do Supremo Tribunal de Justiça foi diretora do SIS no governo liderado por Durão Barroso.

Fernando Alexandre é a escolha para ministro da Educação. O economista e professor da Universidade do Minho foi secretário de Estado-Adjunto do Ministro da Administração Interna no governo de Passos Coelho. Recebe uma pasta alargada que inclui ainda o Ensino Superior e a Ciência.

A pasta da Saúde será comandada por Ana Paula Martins. A ex-bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, e antiga vice-presidente de Rui Rio no PSD, presidiu até há pouco tempo ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, um dos maiores hospitais do país. 

Um dos ministros mais em foco deverá ser Miguel Pinto Luz, que assume a liderança das Infraestruturas e Habitação. Trata-se do vice-presidente do PSD que tem estado a estudar o dossiê da TAP e que terá de tomar a aguardada decisão sobre o local do novo aeroporto de Lisboa. O vice-presidente da câmara de Cascais foi secretário de Estado das Infraestruturas no governo de passos coelho. 

Na Economia estará, como já se antecipava, Pedro Reis, que presidiu à AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, entre 2011 e 2014. Antigo conselheiro económico de Pedro Passos Coelho, foi um dos quatro coordenadores da parte económica do programa com que a AD se apresentou a eleições a 10 de março. Desde 2015 que é gestor do BCP Capital. 

Para o Ministério do Ambiente e da Energia vai Maria da Graça Carvalho. É um regresso a funções executivas para a ex ministra da Ciência e ensino superior de Durão Barroso e Santana Lopes. Já cumpriu dois mandatos como deputada europeia (2009-2014, 2019-2024).

O Trabalho e a Segurança Social serão geridos por Rosário Palma Carvalho. É presidente da Associação Portuguesa de Direito do Trabalho, desde 2013, e vice-presidente da Sociedade Internacional de Direito do Trabalho e Segurança Social, desde 2021. 

O Ministério da Agricultura e das Pescas será responsabilidade de José Manuel Fernandes. Deputado europeu desde 2009, é um profundo conhecedor dos corredores de Bruxelas e Estrasburgo, que têm bastante peso sobre a área que vai agora supervisionar. É desde julho de 2023 membro efetivo da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do PE. 

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A ministra da Juventude e Modernização será Margarida Balseiro Lopes.  É a vice-presidente da comissão política nacional do PSD e já chefiou a Juventude Social-Democrata entre 2018 e 2020. Pela primeira vez, um governo de direita cria um Ministério dedicado à Juventude. 

À frente do Ministério da Cultura estará Dalila Rodrigues, que era desde Maio de 2019 a diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém. Já presidiu ao  Museu Grão Vasco entre 2001 e 2004, tendo depois sido nomeada para liderar o Museu Nacional de Arte Antiga (2004-2007).

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