Exército israelita garante que uma "organização independente" fará uma análise a fundo das circunstâncias que levaram à "morte trágica" dos funcionários da ONG e promete que as conclusões serão "partilhadas transparentemente". Presidente do governo espanhol pede esclarecimento a Netanyahu.
Israel garante a abertura de uma investigação ao que considera ser o "grave incidente" que levou à "trágica morte" de sete funcionários da organização não-governamental (ONG) World Central Kitchen, na segunda-feira, em Gaza.
"Como exército profissional, comprometido com o direito internacional, prometemos examinar as nossas operações de forma exaustiva e transparente", afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari.
Expressando "profundas condolências" às famílias das vítimas, as forças israelitas referem que a investigação, conduzida por "uma organização independente, profissional e especializada", ajudará a reduzir o risco de repetição de um incidente como o que envolveu a World Central Kitchen, sublinhando a "missão nobre" da ONG.
"A World Central Kitchen ajudou Israel após o massacre de 7 de outubro. Foram uma das primeiras ONGs aqui. O trabalho da World Central Kitchen é fundamental. Estão nas linhas da frente da humanidade", frisou Hagari.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel assegura que as conclusões da investigação serão "partilhadas transparentemente".
Espanha pede explicações a Netanyahu
Na Jordânia, um dos três países que visita no périplo pelo Médio oriente, o presidente do governo de Espanha, Pedro Sánchez lamentou a morte dos trabalhadores da World Central Kitchen, ONG fundado pelo chefe espanhol José Andrés.
Pedro Sànchez exigiu igualmente que o governo israelita esclareça as circunstâncias da tragédia. As declarações do líder do executivo de Madrid foram feitas no campo de refugiados Jabal Al-Hussein da Agência de Apoio aos Refugiados Palestinianos (UNRWA) a noroeste de Amã.
Sete trabalhadores da World Central Kitchen foram mortos na segunda-feira, em Gaza, na sequência de um alegado ataque israelita, quando viajavam em dois carros identificados com as letras da ONG.