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O que muda nas relações com a UE em caso de vitória trabalhista?

Keir Starmer, líder dos trabalhistas, parece lançado para se tornar no próximo primeiro-ministro britânico
Keir Starmer, líder dos trabalhistas, parece lançado para se tornar no próximo primeiro-ministro britânico Direitos de autor Stefan Rousseau/live
Direitos de autor Stefan Rousseau/live
De  Euronews
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As sondagens dão a vitória aos trabalhistas de Keir Starmer nas eleições britânicas do dia 4 de julho. Caso se confirme esse cenário, o que pode mudar nas relações entre o Reino Unido e a União Europeia?

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Uma vitória trabalhista nas eleições britânicas do dia 4 de julho (a acreditar nas sondagens) pode ser um bom sinal para as relações com a União Europeia, diz o Movimento Europeu do Reino Unido, um grupo de pressão pró-europeu que visa mitigar os efeitos do Brexit.

Para Mike Galsworthy, deste movimento, "uma vitória dos trabalhistas seria definitivamente um passo em frente nas relações entre o Reino Unido e a UE". "A UE sabe que o Partido Trabalhista lutou para que o Reino Unido continuasse a ser membro da UE. Eles sabem isso, e também sabem que o Partido Trabalhista não tem as mesmas hostilidades bizarras para com a UE que os governos anteriores (conservadores) tiveram", acrescenta.

Apesar de ter apelado a um segundo referendo para reverter o Brexit, o líder trabalhista Keir Starmer mudou a abordagem e excluiu um regresso ao mercado único ou à união aduaneira.

Diz Joël Roeland, do think tankUK in a changing Europe: "Penso que a razão para isso é que eles não querem dizer coisas que possam ser um para-raios para as críticas dos conservadores ou de certos elementos da imprensa que apoiam mais o Brexit no Reino Unido. Por isso, penso que provavelmente têm mais ideias na manga, mas não tenho a certeza de que o partido tenha decidido exatamente quais as que quer adotar no poder. Penso que dependerá, em certa medida, da dimensão da maioria que obtiver. Se a maioria for menor do que o esperado, apenas 20 ou 30 assentos, talvez eles estejam menos dispostos a correr riscos políticos".

Se a maioria for menor do que o esperado, apenas 20 ou 30 assentos, talvez eles estejam menos dispostos a correr riscos políticos
Joël Roeland
UK in a changing Europe

No que diz respeito à NATO, o Partido Trabalhista está tão empenhado no pacto como os antecessores conservadores. Promoveu um pacto de segurança entre o Reino Unido e a UE, embora os pormenores sobre o mesmo permaneçam vagos. Os especialistas afirmam que uma vitória dos trabalhistas significará, em grande medida, que o partido tentará chegar às negociações com uma folha limpa e fazer-se mais presente nas negociações com a UE.

"Penso que os trabalhistas vão concentrar-se em demonstrar a sua presença na Europa, e têm um modo de operar diferente do dos conservadores. Se olharmos para a sua retórica, há muita ênfase nas reuniões, na presença e no envolvimento do público. É realmente disso que trata o pacto de segurança", diz Joël Roeland.

Se o governo trabalhista chegar ao poder, poderá ter de negociar a renovação do papel do Reino Unido nas relações com a União Europeia, tendo de apelar tanto às exigências de Bruxelas como a uma grande parte do seu eleitorado que votou pela saída do Reino Unido da UE.

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