A subida nas rendas e nas hipotecas acompanha o aumento do custo de vida, com cada vez mais pessoas e famílias a enfrentar dificuldades.
A crise da habitação no Reino Unido deverá ser um dos principais problemas em que os eleitores pensam ao votar nas próximas eleições gerais, marcadas para quinta-feira, 4 de julho.
O aumento das rendas e a falta de habitação a preços acessíveis empurram cada vez mais pessoas para a situação de sem-abrigo. Uma nova investigação mostra que mais de 300.000 pessoas no Reino Unido não têm habitação permanente.
Explica Nick Bradshaw, diretor do centro Crisis para os sem-abrigo: "Nos últimos seis meses, registámos um aumento de 40 a 50% no número de pessoas que nos procuram para obter apoio, o que é enorme. Recentemente, temos visto muito mais pessoas na casa dos 60, 70 e 80 anos que têm estado em alojamentos inseguros, que já não conseguem ficar onde estavam, que têm ficado em casa de outras pessoas".
A falta de habitação a preços acessíveis coincide com a persistente crise do custo de vida no Reino Unido, uma vez que as contas da alimentação e da energia continuam a custar mais do que custavam antes da pandemia.
Os salários começam a subir, mas as hipotecas e as rendas dispararam juntamente com as taxas de juro, provocando grandes quebras nos rendimentos de muitas famílias.