O presidente ucraniano tem afirmado repetidamente que as negociações de paz não serão bem sucedidas sem o envolvimento do seu país.
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que as conversações entre os EUA e a Rússia “não produzirão resultados” devido à ausência do seu país nas negociações e que não aceitará o resultado de quaisquer acordos efectuados.
Zelenskyy disse na segunda-feira, durante uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, que não tinha sido convidado para as conversações desta semana entre Washington e Moscovo, na Arábia Saudita.
As conversações, que se seguem a uma conversa de 90 minutos na semana passada entre Trump e o seu homólogo russo Vladimir Putin, deverão começar na terça-feira.
A Rússia será representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, e pelo conselheiro de Putin para os Negócios Estrangeiros, Yuri Ushakov.
Entretanto, o secretário de Estado Marco Rubio chefiará a delegação dos EUA. Será apoiado por Mike Waltz, o conselheiro de segurança nacional, e pelo enviado especial de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff.
Em declarações ao programa “Sunday Morning Futures” do canal Fox News, Witkoff afirmou que ele e Waltz irão “ter reuniões sob a direção do presidente”.
A delegação dos EUA espera fazer “alguns progressos muito bons no que respeita à Rússia e à Ucrânia”, acrescentou.
Durante o telefonema da semana passada entre Trump e Putin, os dois presidentes concordaram em iniciar negociações imediatamente, numa tentativa de pôr fim ao conflito de quase três anos na Ucrânia.
Pouco depois da sua conversa com Putin, Trump falou com Zelenskyy. No domingo, o presidente dos EUA disse que o líder ucraniano “estará envolvido” nas discussões de paz, mas não entrou em mais detalhes.
A Europa tem um lugar à mesa?
A questão não é “o que a Ucrânia pode dar?”, mas “o que a Ucrânia pode receber?”. É muito importante para nós. Estamos de facto muito interessados em assinar um acordo com os Estados Unidos da América”.
O presidente ucraniano acrescentou que Kiev já recebeu ofertas da Europa, mas que os Estados Unidos são o seu “maior parceiro estratégico”.
O telefonema da semana passada entre Trump e Putin deixou os países europeus chocados, uma vez que garantir um lugar à mesa das negociações tem sido uma das principais prioridades dos líderes da UE.
Zelenskyy disse na Conferência de Segurança de Munique, na sexta-feira, que se deslocaria aos Emirados Árabes Unidos, à Arábia Saudita e à Turquia. Estas deslocações não estão relacionadas com as negociações de paz, referiu.
Zelenskyy deslocar-se-á na segunda-feira à Turquia, onde se encontrará com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan. Na quarta-feira, deslocar-se-á à Arábia Saudita.