Numa entrevista, o primeiro-ministro israelita disse que a morte de Khamenei iria "terminar com o conflito".
Depois de dizer que atual ofensiva israelita sobre o Irão tinha como objetivo acabar com o programa nuclear do Irão, o primeiro-ministro parece não colocar de parte a hipótese de eliminar o Líder Supremo do país, Ali Khamenei, dizendo que esta "acabaria com o conflito".
"Não vai provocar uma escalada do conflito, vai acabar com o conflito", afirmou Netanyahu sobre os eventuais planos para eliminar o líder iraniano, durante uma entrevista à ABC News.
Sobre os ataques israelitas, Netanyahu não quis avançar detalhes mas disse que estes têm "como alvo os seus principais cientistas nucleares”, descrevendo estes iranianos como "a equipa nuclear de Hitler.”
De recordar que, durante os ataques às insfraestruturas nucleares iranianas, já morreram vários altos comandos militares do Irão, incluindo o chefe das Forças Armadas e o líder do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica. Vários cientistas nucleares também morreram nos ataques.
EUA "estão a ajudar-nos"
Durante a entrevista, Benjamin Netanyahu também falou sobre a alegada cooperação com os Estados Unidos, dizendo que o país está a "ajudar Israel". O líder israelita diz que fala quase todos os dias com o presidente norte-americano e que Donald Trump “decidirá o que é bom para a América... Aceitaremos qualquer ajuda”.
Líderes do G7 querem conter o conflito entre Israel e o Irão
Os líderes mundiais presentes na cimeira do Grupo dos Sete, no Canadá, esforçaram-se na segunda-feira por encontrar uma forma de conter a escalada do conflito entre Israel e o Irão, com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a avisar que Teerão tem de refrear o seu programa nuclear antes que seja “demasiado tarde”.
O presidente dos EUA disse que os líderes iranianos “gostariam de conversar”, mas já tiveram 60 dias para chegar a um acordo sobre as suas ambições nucleares e não o fizeram antes do início de um ataque aéreo israelita há quatro dias. “Têm de chegar a um acordo”, afirmou.
O anfitrião da cimeira no retiro das Montanhas Rochosas, o primeiro-ministro canadiano Mark Carney, afirmou que o mundo está à espera da liderança do G7 num momento de decisivo.
“Estamos a reunir-nos num desses pontos de viragem da história”, afirmou Carney. “O mundo está mais dividido e perigoso”.
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o chanceler alemão Friedrich Merz tiveram uma reunião informal de uma hora logo após chegarem à cimeira no final do domingo para discutir o conflito crescente no Oriente Médio, disse o escritório de Starmer.
Merz disse aos jornalistas que a Alemanha está a planear elaborar uma proposta de comunicado final sobre o conflito entre Israel e o Irão que sublinhará que “o Irão não deve, em circunstância alguma, ser autorizado a adquirir material com capacidade para armas nucleares”.
Israel ataca televisão estatal iraniana
A Rede de Notícias da República Islâmica do Irão, parte do canal de televisão estatal iraniano, foi esta tarde alvo de um ataque israelita. O momento ficou gravado, uma vez que a televisão seguia a sua emissão em direto.
As imagens revelam o momento em que destroços caíram no estúdio e a apresentadora teve de abandonar o local.
A emissão mudou rapidamente para programas pré-gravados. Segundo explica a BBC, a televisão estatal iraniana voltou a transmitir em direto após alguns minutos de interrupção. Num texto apresentado no ecrã, a emissora garantiu que todos os seus programas "estão a ser retomados em direto sem qualquer interrupção".
A emissora afirma que Israel estava a tentar "silenciar a voz da verdade" ao atacá-la.
A agência noticiosa iraniana IRNA dá conta dos incêndios que assolaram o edifício da televisão estatal, na sequência dos ataques israelitas.
Uma hora antes, Israel tinha emitido um aviso de evacuação da zona da capital iraniana onde se situam os estúdios de televisão, antecipando os ataques israelitas iminentes.
O ministro da Defesa de Israel confirmou o ataque à emissora estatal iraniana.
Em comunicado, Israel Katz explicou que o ataque ocorreu após uma “retirada em grande escala dos residentes locais”, acrescentando que Israel irá “atacar o ditador iraniano onde quer que ele esteja”.
Pouco antes do amanhecer de segunda-feira, o Irão lançou uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, fazendo disparar as sirenes dos raides aéreos em todo o país, enquanto os serviços de emergência referiam pelo menos oito mortos e dezenas de feridos
É o quarto dia de um conflito entre os inimigos regionais que começou quando Israel atacou o Irão devido ao programa nuclear deste país. Os ataques entre Israel e o Irão intensificaram-se durante o fim de semana, aumentando os receios de uma guerra regional mais vasta e perigosa.