A investigação sobre o rapaz de 18 anos é, alegadamente, o primeiro caso da Procuradoria Nacional Antiterrorista ligado ao chamado movimento "incel".
As autoridades francesas detiveram um jovem de 18 anos que afirmava ter ligações ao movimento misógino denominado "incel" e colocaram-no sob investigação por um alegado plano para levar a cabo ataques contra mulheres, de acordo com a imprensa.
A investigação da Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) de França é, alegadamente, o primeiro caso do departamento que envolve um suspeito que se identifica como incel, ou "celibatário involuntário".
Trata-se de uma subcultura online marginal dominada por homens que culpam as mulheres pela sua falta de atividade sexual e que, por vezes, apelam à violência contra elas.
Na terça-feira, o Ministério da Justiça declarou que tinha aberto um inquérito judicial "contra um jovem de 18 anos, que se dizia membro do movimento incel", acrescentando que estava a ser investigado por alegadamente "se ter associado a criminosos terroristas para preparar um ou mais crimes contra pessoas", segundo a imprensa francesa.
O suspeito terá sido detido na sexta-feira perto de uma escola na região central de Saint-Étienne e trazia consigo duas facas.
Fontes próximas da investigação disseram aos meios de comunicação social franceses que o suspeito tinha estado a ver conteúdos misóginos nas redes sociais e que planeava atacar mulheres.
Em maio do ano passado, a polícia francesa prendeu um homem de 26 anos por suspeita de planear um assassínio em massa em Bordéus.
O procurador de Bordéus afirmou que os investigadores da polícia encontraram provas de que o suspeito estava interessado no movimento incel.
Na sequência da recente popularidade da série de sucesso da Netflix, Adolescence, que mostrava um jovem estudante do Reino Unido atraído por uma forma violenta de ideologia incel, o ministro da educação francês disse no mês passado que a série seria exibida nas escolas secundárias francesas.