O encontro entre os dois altos responsáveis americanos e alemães surge na sequência do anúncio feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de que os membros da NATO vão comprar armamento americano no valor de milhares de milhões de dólares para enviar para a Ucrânia.
O secretário de Estado dos EUA, Pete Hegseth, recebeu o seu homólogo alemão no Pentágono na segunda-feira.
O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorious, foi recebido com guarda de honra antes de manter conversações bilaterais com Hegseth, nas quais deverão ter discutido a transferência de sistemas de mísseis Patriot.
A reunião teve lugar depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter recebido o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, na Casa Branca.
Trump afirmou que os membros da NATO vão comprar "milhares e milhares de milhões" de dólares de armamento americano, incluindo mísseis Patriot, e transferir as munições para a Ucrânia, no âmbito de um acordo que visa ajudar Kiev a defender-se da invasão russa em curso.
O presidente norte-americano afirmou que a medida deveria servir de aviso ao presidente russo, Vladimir Putin, de que está seriamente empenhado em pôr termo à guerra.
Os EUA também estão prontos para implementar em 50 dias tarifas de 100% sobre a Rússia, em resposta à falta de interesse de Putin para acabar com a guerra na Ucrânia.
"Gastámos 250 mil milhões de dólares nesta guerra... e queremos vê-la terminar. Estou desiludido com Putin porque pensei que teríamos um acordo há dois meses", acrescentou.
O sistema de mísseis Patriot pode detetar e intercetar uma vasta gama de alvos aéreos, em particular mísseis balísticos de alta qualidade, e é considerado um dos melhores do mundo, numa altura em que Moscovo está a aumentar os seus ataques noturnos com mísseis e drones, no âmbito da guerra contra a Ucrânia, que já vai no seu quarto ano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse na Conferência de Recuperação da Ucrânia, em Roma, na quinta-feira, que a Alemanha vai pagar dois dos sistemas, enquanto a Noruega concordou em fornecer um.
Outros parceiros europeus também disseram que estão preparados para ajudar, disse Zelenskyy.