A Câmara dos Deputados de Itália aprovou um projeto de lei para restabelecer o feriado nacional de 4 de outubro em homenagem a São Francisco de Assis, que o governo de Giorgia Meloni considerou importante para a identidade da nação.
Itália está mais perto de restabelecer um feriado nacional em honra do santo padroeiro Francisco de Assis, depois de a Câmara dos Deputados ter apoiado, por esmagadora maioria, uma iniciativa que considera a mudança fundamental para a identidade do país.
O governo de direita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, apoia a proposta de lei, afirmando que São Francisco está no "centro da identidade da nação".
Na terça-feira, o projeto de lei, que daria a milhões de trabalhadores italianos folga no dia da festa do santo, a 4 de outubro, recebeu 247 votos a favor e apenas dois contra. Registaram-se ainda oito abstenções.
Anteriormente, celebrava-se um feriado nacional em Itália em homenagem ao frade medieval famoso pela sua dedicação aos pobres, mas este foi descontinuado em 1977.
A proposta será submetida ao Senado para aprovação.
Após a votação de terça-feira, Lorenzo Fontana, presidente da Câmara dos Deputados, disse: "Estou muito feliz por a Câmara ter dado luz verde inicial a esta proposta: redescobrir São Francisco também significa reviver a sua mensagem de paz, que é mais relevante do que nunca."
A votação foi também saudada por Grazia Di Maggio, uma política que pertence ao partido Fratelli d'Italia, de Meloni.
"Será o dia em que Itália se lembrará, novamente, de que é uma terra com uma tradição, uma fé e uma alma que ninguém pode apagar", celebrou Di Maggio.
Durante o seu mandato, Meloni procurou promover os valores católicos tradicionais, dando especial ênfase à família.
Enquanto Itália procura acrescentar mais um feriado ao calendário, França desistiu recentemente de eliminar dois dos seus.
Antes de ser destituído do seu cargo, a 8 de setembro, o então primeiro-ministro François Bayrou afirmou que a medida era necessária para reequilibrar a economia do país.
No entanto, a ideia revelou-se impopular e o seu sucessor, Sébastien Lecornu, comprometeu-se a anular o plano, na sequência de greves generalizadas em todo o país.