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Petro diz que o inimigo da Europa são as alterações climáticas e não os "perigos fetichistas" da Rússia

Petro olha em redor da sala onde vai discursar na COP30 em Belém, Brasil.
Petro olha em redor da sala onde vai discursar na COP30 em Belém, Brasil. Direitos de autor  Eraldo Peres / AP
Direitos de autor Eraldo Peres / AP
De Javier Iniguez De Onzono
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Na abertura da cimeira climática COP30, realizada na cidade brasileira de Belém, o presidente da Colômbia criticou a corrida ao armamento da Europa, reforçando que o maior inimigo não é a Rússia, mas as alterações climáticas que têm o potencial de terminar as vidas das próximas gerações.

"A Rússia não é o inimigo: o inimigo é a crise climática". Com esta e outras frases, Gustavo Petro, presidente da Colômbia, atacou a corrida às armas na Europa, que procura, em parte, combater as crescentes hostilidades do regime de Vladimir Putin contra o Velho Continente.

O contexto das declarações é a cimeira do clima COP30 , realizada em Belém, no Brasil. Petro afirmu, e os cientistas apoiam-no, que as alterações climáticas têm o potencial de acabar com a vida das próximas duas gerações.

"Investir mais em armas de acordo com o seu produto interno bruto é um erro da Europa", alertou o presidente colombiano em relação às exigências de Donald Trump de aumentar os gastos militares de 2% para 5%, algo que foi ratificado por todos os membros da NATO, com exceção de Espanha.

Petro considera que o risco para os "filhos e netos" do povo europeu e do mundo é superior aos "perigos fetichistas que, desde a época napoleónica e anteriores, pairam sobre uma Rússia que não é mais do que parte da Europa", declarou o presidente, cujo partido de esquerda já designou o candidato que o sucederá — com novela judicial incluída — nas eleições gerais colombianas do próximo ano.

Petro alimenta críticas a Donald Trump

Os sucessivos ataques a barcos de suspeitos de tráfico de droga nas águas das Caraíbas e do Pacífico, com pelo menos 17 embarcações destruídas e 67 mortes extrajudiciais em águas internacionais, têm vindo a desgastar as relações entre os EUA e a Colômbia.

Donald Trump acusou, sem provas, o seu homólogo colombiano de dirigir um narco-Estado, impondo sanções contra o líder colombiano, parte da sua equipa e família.

"Trump é contra a humanidade: ao não vir aqui, prova-o. O que fazemos então? Deixamo-lo em paz, esquecemo-lo. O esquecimento é o maior castigo... quando ele quer falar, nós falamos, mas sobre a vida", declarou Petro.

O governo colombiano tem três propostas para a COP30 brasileira: primeiro, reconhecer a biodiversidade como uma solução climática, avançar na eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e promover uma reforma do sistema financeiro internacional para reduzir a dívida dos países do Sul Global.

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