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Bélgica quer reforçar a segurança do seu espaço aéreo na sequência de incursões de drones

Um sinal de proibição de drones nos arredores do Aeroporto Internacional de Bruxelas, em Zaventem, 5 de novembro de 2025
Um sinal de proibição de drones nos arredores do Aeroporto Internacional de Bruxelas, em Zaventem, 5 de novembro de 2025 Direitos de autor  AP Photo
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De Amandine Hess & AP
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Ministro da Defesa belga afirmou que o Centro Nacional de Segurança do Espaço Aéreo estará operacional a partir de 1 de janeiro.

A Bélgica convocou um conselho nacional de segurança depois de, nos últimos dias, terem sido detetados drones sobre bases militares e aeroportos, causando perturbações nos voos.

Para fazer face a esta ameaça, as autoridades estão a ponderar a criação de um centro de vigilância do espaço aéreo, bem como a introdução do registo obrigatório dos drones.

"Vamos tornar operacional, a partir de 1 de janeiro, o NASC, que é o Centro Nacional de Segurança do Espaço Aéreo. Será em Beauvechin, na base militar. Já existe, mas tem de estar mais operacional, com todos os serviços de segurança, pelo que esse é o primeiro e maior desafio para as próximas semanas", declarou Theo Francken, ministro da Defesa belga, aos meios de comunicação social.

O ministro do Interior da Bélgica, Bernard Quintin, fala com a imprensa ao chegar para uma reunião do Conselho de Segurança Nacional em Bruxelas, quinta-feira, 6 de novembro de 2025.
O ministro belga do Interior, Bernard Quintin, fala com os meios de comunicação social à chegada a uma reunião do Conselho de Segurança Nacional em Bruxelas, quinta-feira, 6 de novembro de 2025. AP Photo

Estamos a trabalhar no modelo "deteção, identificação e possível neutralização. É o quadro em que estamos a trabalhar", acrescentou Bernard Quintin, ministro do Interior da Bélgica.

As incursões dos drones ocorreram enquanto a UE pressiona a Bélgica para confiscar os ativos russos congelados no Euroclear em Bruxelas, para que possam ser emitidos empréstimos para a reconstrução da Ucrânia.

Guerra híbrida

Apesar da falta de provas, a Rússia é amplamente suspeita de estar por detrás dos incidentes com drones.

"Temos de nos perguntar quem beneficiou com isto e, sem dúvida, foi a Rússia", disse Sven Biscop, diretor do Instituto Egmont, à Euronews.

"Penso que o efeito que se pretende é duplo. O primeiro é a intimidação dos nossos decisores, talvez relacionada com as decisões que têm de ser tomadas sobre o Euroclear, e o segundo é tentar dividir a opinião pública. Talvez algumas pessoas se sintam inclinadas a dizer: 'Bem, se abandonássemos a Ucrânia, não teríamos este problema'", acrescentou.

Um homem caminha junto à sede da Euroclear em Bruxelas, quinta-feira, 23 de outubro de 2025.
Um homem caminha junto à sede da Euroclear em Bruxelas, quinta-feira, 23 de outubro de 2025. AP Photo

O ministro belga da Defesa deverá apresentar na sexta-feira um plano de investimento de 50 milhões de euros para uma "iniciativa anti-drone".

A Bélgica está também a considerar a opção de abater drones invasores.

"A Bélgica aprendeu especificamente que precisamos de um quadro jurídico que permita abater drones. É claro que precisamos da capacidade militar para o fazer. O processo vai agora ser acelerado para que estejamos prontos muito em breve para lidar com o problema", afirmou Sven Biscop.

Um sinal de proibição de drones no exterior do perímetro do Aeroporto Internacional de Bruxelas, em Zaventem, Bélgica, depois de ter sido comunicada atividade de drones durante a noite, quarta-feira, 5 de novembro de 2025.
Um sinal de proibição de drones no exterior do perímetro do Aeroporto Internacional de Bruxelas em Zaventem, Bélgica, depois de ter sido registada atividade de drones durante a noite, quarta-feira, 5 de novembro de 2025. AP Photo

A embaixada russa em Bruxelas negou qualquer envolvimento em operações com drones no espaço aéreo belga.

As incursões de drones ocorreram recentemente em vários países europeus, como a Dinamarca, a Alemanha e a Noruega.

A Polónia e a Roménia já decidiram utilizar um novo sistema de armas para se defenderem dos drones. O sistema americano Merops, que é suficientemente pequeno para caber na traseira de uma carrinha de tamanho médio, pode identificar drones e aproximar-se deles, utilizando inteligência artificial para navegar quando as comunicações eletrónicas e por satélite estão bloqueadas.

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