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Governo búlgaro retira projeto de orçamento para 2026 após protestos em massa

Manifestantes saíram às ruas da capital da Bulgária, Sófia, para denunciar os aumentos acentuados de impostos previstos no projeto de orçamento para o próximo ano, quarta-feira, 26 de novembro de 2025.
Manifestantes saíram às ruas da capital da Bulgária, Sófia, para denunciar os aumentos acentuados de impostos previstos no projeto de orçamento para o próximo ano, quarta-feira, 26 de novembro de 2025. Direitos de autor  AP Photo/Valentina Petrova
Direitos de autor AP Photo/Valentina Petrova
De Emma De Ruiter
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O protesto de quarta-feira em Sófia contra o projeto de orçamento da Bulgária para 2026 atraiu cerca de 20 000 pessoas, que se manifestaram contra um potencial aumento das contribuições para a segurança social e a duplicação do imposto sobre os dividendos.

O Governo búlgaro anunciou que vai retirar o projeto de orçamento do Estado para 2026, após os protestos em massa contra o plano na quarta-feira, anunciou o Conselho de Governação Conjunta da coligação no poder.

O primeiro-ministro Rosen Zhelyazkov declarou que o governo vai tentar retomar o diálogo com os patrões e os sindicatos.

Zhelyazkov afirmou que a tensão social e os protestos da noite anterior eram um sinal claro da necessidade de "colocar os interesses do país, os interesses da sociedade acima das opiniões puramente políticas".

O chefe do executivo apelou também para o restabelecimento do diálogo com as empresas e os sindicatos, bem como com as organizações patronais, que boicotaram algumas reuniões do Conselho de Governação Conjunta.

O antigo primeiro-ministro Boyko Borissov, do partido GERB (Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária**)**, afirmou que, se não for adotado um novo orçamento até ao final de dezembro, o Estado funcionará com o orçamento deste ano até à aprovação de um outro plano de custos.

Atanas Atanasov, da coligação da oposição Nós Continuamos a Mudança - Bulgária Democrática (PP-DB), pediu aos partidos do governo e aos seus apoiantes para que reconsiderem as questões controversas do orçamento do próximo ano.

As manifestações refletiram a preocupação generalizada com o impacto económico do orçamento nos particulares e nas empresas, incluindo o aumento das contribuições para a segurança social e a duplicação do imposto sobre os dividendos.

Na quarta-feira, os manifestantes formaram um cordão humano à volta do Parlamento e tentaram bloquear os carros dos deputados, o que levou a polícia a intervir para evitar a violência. A polícia informou que os manifestantes atiraram garrafas e petardos contra os agentes, ferindo três pessoas.

A oposição de vários grupos sociais e os avisos dos economistas indicaram que o projeto comportava riscos significativos, numa altura em que a Bulgária se prepara para aderir à zona euro no início do próximo ano.

O orçamento estabelece um recorde de despesa pública, com quase 46% do PIB. Este aumento seria financiado principalmente através de impostos mais elevados sobre as empresas e os trabalhadores, bem como de um aumento acentuado da dívida pública.

A Bulgária é governada por uma coligação minoritária formada pelo GERB, o Partido Socialista Búlgaro (BSP) e o There Is Such a People (Existe um povo assim) (ITN).

Outras fontes • AP, EBU

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