Estamos na hiperactiva, na sempre dinâmica Hong Kong, cidade que, há décadas, atrai empresários europeus. Verdadeira plataforma giratória para entrar no sudeste da Ásia, a antiga colónia britânica ainda proporciona muitas e boas oportunidades de negócio.
As rotas do destino trouxeram-no a Hong Kong em 2007: o designer italiano Stefano Tordiglione compreendeu rapidamente as oportunidades que a cidade lhe oferecia e depressa se tornou numa das referências do design de interiores no delta do Rio das Pérolas.
A sua empresa emprega 5 pessoas e recorre também a ‘freelancers’, nomeadamente em Itália. Stefano tem clientes locais, mas também trabalha para a Europa, a Tailândia, o Vietname ou ainda as Filipinas. Para Stefano, Hong Kong é uma montanha russa, tanto a nível profissional, como pessoal:
“Hong Kong é como uma máquina de lavar, uma vez que estamos dentro, temos de jogar o jogo e mexermo-nos rapidamente. Mas ao mesmo tempo, dá-nos a possibilidade de relaxar, as infra-estruturas e os serviços são excelentes.”
O que mais impressionou Stefano foi a simplicidade, especialmente do ponto de vista administrativo. Mas, claro que não há bela sem senão e o designer conhece bem os problemas ligados à própria natureza do território:
“Hong Kong é uma cidade em permanente mudança, tanto ao nível económico como do ambiente, do espírito. O desafio é acompanhar as mudanças, adaptarmo-nos. Penso que, para isso, temos de ser coerentes e pacientes.”
Valor impressionante: 90% das empresas em Hong Kong são PME’s.
Saiba que, se quiser instalar o seu negócio aqui, há quem o possa ajudar.
A União Europeia tem aqui um centro dedicado às pequenas e médias empresas, um organismo que pretende facilitar o acesso ao mercado às PME europeias. Fornece conselhos práticos e personalizados, informações legais sobre a legislação local e também promove encontros com empresários já instalados.
Outra ferramenta: a PME IPR Helpdesk (SME IPR Help Desk, no original), uma plataforma que permite gerir os direitos de propriedade intelectual na China:
“A PME IPR Help Desk organiza mais de 90 eventos todos os anos na região para ajudar estas empresas a compreender o que é necessário. E o serviço é gratuito”, explica Andrius Bartuskevicius, vice-presidente da Câmara de Comércio da Lituânia em Hong Kong.
Servir-se de Hong Kong como plataforma giratória para a Ásia irá fazer ainda mais sentido muito em breve. Até ao final deste ano de 2015, será lançada a Comunidade Económica da ASEAN (AEC), um novo mercado único com cerca de 620 milhões de pessoas.
“À parte da China continental, o mercado ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) é outro grande parceiro para Hong Kong. Na realidade é o segundo parceiro comercial de Hong Kong. Existem muitas oportunidades para os europeus virem para Hong Kong e utilizarem a cidade como plataforma giratória para expandir os negócios dentro do mercado ASEAN”, conclui Bartuskevicius.