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Crescimento da zona euro inalterado mas setor industrial alemão continua fraco

Crescimento da zona euro inalterado mas setor industrial alemão continua fraco
Crescimento da zona euro inalterado mas setor industrial alemão continua fraco Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De  Indrabati Lahiri
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A surpreendente contração da Alemanha no segundo trimestre deste ano deveu-se, principalmente, a uma paragem nos investimentos em equipamento e edifícios, uma vez que o setor industrial continua a enfraquecer sob a pressão do aumento das taxas de juro.

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Foi divulgada a segunda estimativa da taxa de crescimento trimestral do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro para o segundo trimestre de 2024, que se situa em 0,3%. O valor foi igual ao do trimestre anterior, bem como em linha com as previsões.

França registou um crescimento de 0,3% neste trimestre, o mesmo que no trimestre anterior. Embora o país possa vir a assistir a um impulso económico devido aos Jogos Olímpicos no terceiro trimestre do ano, é provável que este seja de alguma forma limitado pela incerteza política que persiste.

O crescimento do PIB de Espanha também se situou em 0,8% no segundo trimestre do ano, o mesmo que no trimestre anterior. A Lituânia também cresceu ao mesmo ritmo que no primeiro trimestre de 2024, com 0,9%.

O crescimento do PIB da Bélgica desceu ligeiramente para 0,2%, contra 0,3%, enquanto Portugal registou uma queda mais acentuada, crescendo 0,1% neste trimestre, depois de um crescimento de 0,8% no trimestre anterior. Outros países que registaram uma pequena queda no crescimento neste trimestre foram Chipre, que registou uma taxa de crescimento do PIB de 0,7%, contra 1%, e a Eslováquia, que registou uma taxa de 0,4%, contra 0,6%.

Itália registou uma ligeira quebra no crescimento, de 0,2% no segundo trimestre de 2024, contra 0,3% no trimestre anterior. O ING estimou que esta fraqueza é provavelmente causada por uma diminuição das exportações líquidas e pela fraqueza industrial.

Taxa de crescimento do PIB dos países membros da zona euro (Q2 2024)

Economia irlandesa contraria a tendência com crescimento

Por outro lado, a Irlanda registou um aumento considerável do crescimento neste trimestre, com o PIB a crescer 1,2%, contra 0,7% no primeiro trimestre do ano. A Finlândia também registou uma pequena subida, com 0,4% contra 0,2%.

No entanto, a maior economia da zona euro, a Alemanha, registou uma contração surpreendente de 0,1%, comparado com um crescimento de 0,2% no primeiro trimestre do ano.

A segunda estimativa para a taxa de crescimento homóloga da zona euro para o segundo trimestre de 2024 foi revelada como sendo de 0,6%, em linha com as estimativas preliminares, e acima dos 0,5% registados no trimestre anterior. Esta foi também a maior taxa de crescimento em cinco trimestres.

De acordo com a Comissão Europeia, a economia da zona euro deverá registar uma expansão de 0,8% em 2024.

A estimativa preliminar para os números da variação trimestral do emprego na Zona Euro para o segundo trimestre de 2024 também foi divulgada na quarta-feira. O número de pessoas com emprego aumentou 0,2% para 170,183 milhões no segundo trimestre, de acordo com o Eurostat, em comparação com o último trimestre. Este valor está em linha com as expectativas dos analistas, mas é ligeiramente inferior aos 0,3% registados no trimestre anterior.

A divulgação destes dados fez as bolsas de Paris e Frankfurt abrir em alta ligeira, na quarta-feira.

Economia alemã regista queda surpreendente do crescimento no segundo trimestre

A surpreendente contração da economia alemã no segundo trimestre deste ano deveu-se, principalmente, a uma paragem nos investimentos em equipamento e edifícios, uma vez que o setor industrial continua a enfraquecer sob a pressão da subida das taxas de juro.

De acordo com a Comissão Europeia, a economia alemã deverá registar uma expansão de 0,1% este ano. Se assim for, tratar-se-á de uma recuperação em relação à contração de 0,3% registada no ano passado, uma vez que a procura interna começa a aumentar gradualmente.

No entanto, prevê-se que os investimentos se mantenham consideravelmente abaixo dos níveis anteriores à pandemia, devido ao aumento dos custos de financiamento. De acordo com o Instituto Federal de Estatística, as exportações também deverão manter-se moderadas este ano.

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