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Lucros do HSBC caem 14% após reforço de provisões ligado ao caso Madoff

Sede do HSBC no bairro financeiro de Canary Wharf, Londres. 13 de março de 2023
Sede do HSBC situa-se em Canary Wharf, distrito financeiro de Londres. 13 de março de 2023 Direitos de autor  AP/Alberto Pezzali
Direitos de autor AP/Alberto Pezzali
De Eleanor Butler
Publicado a
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Resultados surgem após o banco anunciar, na segunda-feira, que iria constituir uma provisão de 1,1 mil milhões de dólares para cobrir processos movidos por investidores que perderam dinheiro devido à fraude protagonizada por Bernie Madoff.

HSBC, maior banco da Europa, anunciou esta terça-feira uma queda de 14% nos lucros do terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os lucros antes de impostos caíram para 7,3 mil milhões de dólares (6,26 mil milhões de euros) no período, em grande medida devido a uma provisão de 1,1 mil milhões de dólares (943,65 milhões de euros) relacionada com o caso Madoff.

Ainda assim, o HSBC elevou a perspetiva de rentabilidade para 2025, afirmando que está a tornar-se “um banco mais simples, ágil e focado”.

“O progresso positivo que estamos a fazer dá-nos confiança na capacidade de rever em alta as metas e esperamos agora que a rendibilidade do capital tangível (RoTE) de 2025, excluindo itens extraordinários, seja na ordem dos 15% ou superior”, afirmou o banco em comunicado.

Um dia antes da divulgação de resultados, o HSBC disse que iria constituir uma provisão de 1,1 mil milhões de dólares para cobrir processos movidos por investidores que perderam dinheiro no escândalo Madoff.

Bernie Madoff, antigo coordenador-chefe da bolsa Nasdaq, foi condenado a uma pena de prisão em 2009 (viria a morrer em 2021) por orquestrar o maior esquema de pirâmide de sempre, causando perdas de muitos milhares de milhões de dólares aos seus clientes. Um tribunal do Luxemburgo rejeitou recentemente o recurso do HSBC para evitar pagar uma provisão relativa a valores mobiliários ao Herald Fund SPC.

Inflacionados pela provisão, os custos operacionais do HSBC atingiram 10,08 mil milhões de dólares (8,66 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, uma subida de 24%

A margem financeira aumentou 15% em termos homólogos, para 8,78 mil milhões de dólares (7,55 mil milhões de euros), enquanto as receitas líquidas de comissões subiram 12%, para 3,51 mil milhões de dólares (3 mil milhões de euros)

Já a rendibilidade do capital tangível recuou de 15,5% para 12,3%

“A notícia surge pouco depois do anúncio de que o HSBC comprará a parte remanescente do Hang Seng Bank que ainda não detém, por um valor estimado de 13,6 mil milhões de dólares”, acrescenta Richard Hunter, responsável de mercados na Interactive Investor.

No início deste mês, o HSBC apresentou uma oferta pelo banco de Hong Kong que avaliou a instituição em mais de 290 mil milhões de dólares de Hong Kong (32,04 mil milhões de euros), acima do seu valor de mercado recente.

Em conjunto, os desenvolvimentos em torno do Hang Seng e do litígio Madoff “toldam a leitura de algumas métricas-chave”, diz Hunter. “Apesar do ruído, há também sinais de êxito crescente do plano estratégico, significativo mas simples”, acrescenta. “Se, antes, o HSBC caminhava para um modelo de dependência excessiva dos movimentos e dos níveis das taxas de juro, o foco revisto e crescente no crescimento dos patrimónios elevados, sobretudo na Ásia, é crucial para a nova proposta.”

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