O grande prémio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI) foi atribuído à obra “O filho de Saul”. A primeira longa-metragem do
O grande prémio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI) foi atribuído à obra “O filho de Saul”. A primeira longa-metragem do realizador húngaro Laszlo Nemes aborda o tema do Holocausto.
A escolha de 'O filho de Saul' para melhor filme da competição foi acertada. Se eu tivesse integrado o júri teria votado nele. É um filme criativo, de grande qualidade, apesar de ser um primeiro filme. Tem tudo a ver com a ideia que preside à nossa federação: a descoberta de novos realizadores.
“Houve muita resistência face à ideia de financiar este filme. É verdade que trato um tema complexo no meu primeiro filme. Além disso trata-se da minha primeira experiência num terreno tão exigente como Cannes. Estamos muito contentes”, sublinhou Nemes.
O filho de Saul” conta-nos dois dias da vida de um prisioneiro de Auschwitz obrigado a trabalhar no crematório. Saul está determinado em enterrar o corpo de um menino que ele toma como filho.
A longa-metragem retrata uma realidade violenta sem mostrar imagens chocantes. A violência está contida no olhar das personagens e no som, mais do que na imagem.
O filme estreia na Hungria a 11 de junho e ainda não tem data anunciada em Portugal.
Criada há 90 anos, a Federação Internacional de Críticos de Cinema privilegia obras originais onde o autor assume riscos.
“A escolha de ‘O filho de Saul’, como melhor filme da competição, foi acertada. Se eu tivesse integrado o júri teria votado nele. É um filme criativo, de grande qualidade, apesar de ser um primeiro filme. Tem tudo a ver com a ideia que preside à nossa federação: a descoberta de novos realizadores”, sublinhou
a jornalista turca Alin Taşçıyan, presidente da FIPRESCI.
“La Patota” de Santiago Mitre foi outro dos filmes premiados pelos críticos de cinema. A longa-metragem apresentada durante a Semana da Crítica, gira em torna de uma jovem advogada que renuncia a uma carreira brilhante para se dedicar ao ensino, numa região desfavorecida da Argentina. Pouco depois de começar o novo trabalho, é brutalmente agredida por um grupo de jovens e descobre que alguns dos agressores são seus alunos. Mas a violência de que é alvo não a faz desistir dos seus ideais.
“La Patota” chega às salas de cinema argentinas a 18 de junho e não tem data de estreia anunciada em Portugal.