A visão do artista chinês contemporâneo Huang Yong Ping está em destaque, desde 8 de maio, no Grand Palais de Paris, através uma instalação, que
A visão do artista chinês contemporâneo Huang Yong Ping está em destaque, desde 8 de maio, no Grand Palais de Paris, através uma instalação, que pretende ser uma reflexão sobre o desejo de poder no mundo.
O esqueleto de uma serpente gigante percorre os cantos do edifício. Centenas de contentores e um chapéu napoleónico completam a mostra intitulada “Impérios.”
“É interessante ver que esta exposição está repleta de pistas e de símbolos. Por exemplo, uma serpente pode ser um grande tabuleiro de Go, que está a cobrir um território. Os contentores poderiam ser as peças de mahjong e o chapéu de Napoleão um jogo de xadrez. Existem três elementos que mostram que estes jogos de poder e estratégia são os que criam o espetáculo da globalização. Gostaria de acrescentar, claro, que os contentores transportam riqueza, mas também transportam ou protegem aqueles que são desafortunados e este espaço ou jogo entre ambos é o que importa a um artista como Huang Yong Ping”, explica Jean de Loisy, curador da exposição.
Ping passa este ano pela “Monumenta”, exposição dedicada a uma obra gigante.
Anselm Kiefer, Anish Kapoor e Daniel Buren são outros nomes de artistas anteriormente convidados a criar uma instalação específica.
“A minha experiência pessoal é parte desta instalação bem como o mundo atual. O projeto não pode ser desligado da realidade mundial”, sublinha Huang Yong Ping.
Os contentores representam o poder e impacto da globalização.
A criação da serpente foi um processo mais complicado. 60 pessoas e 11 dias de trabalho serviram para dar forma e montar as mais de 300 peças de alumínio que a compõem.
A mostra “Impérios” estará no Grand Palais de Paris até dia 18 de junho.