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Rapper Gnawi condenado por ultraje

Rapper Gnawi condenado por ultraje
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De Nara Madeira
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Um rapper marroquino foi condenado a um ano de prisão por insulto à polícia, mas a sua música de intervenção pode também ter ajudado à condenação.

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A palavra, que muitos consideram uma arma, levou o rapper marroquino Gnawi ao banco dos réus e a uma condenação de um ano de prisão por ultraje a funcionário público. 

O músico foi preso depois que ser publicado, na internet, um vídeo onde expunha os problemas do seu país: a corrupção, migração e drogas e se mostrava frustrado com a atuação do governo.

Yahya Semlali, coautor do tema "Long Live the People", ao lado de Gnawi, mostra-se de consciência tranquila:

"Se eu não tenho o direito de me expressar, então deviam ter-me dito desde o início que eu só tenho o direito de ver e calar, como toda a gente. Mas eu faço outra coisa, é por isso que as pessoas respondem à minha música. Eu sei que as consequências não serão fáceis, mas isso não é problema para nós, não temos nada a perder, já estava perdido desde o início", desabafa Yahya Semlali.

Na canção, Gnawi pergunta o que aconteceu à riqueza do país e conclui que em 2020 a pobreza será erradicada porque todos abandonarão o país. A Constituição marroquina defende-o mas dentro de certos parâmetros:

"A liberdade de expressão está prevista, é o artigo 25 da Constituição. O artigo 25 é dedicado a todas as formas de expressão e está no texto constitucional, expressão escrita, oral, artística, mas existem limites. Quais são esses limites? atacar órgãos constitucionais, instituições capazes de se defender por meio judiciário", explica o professor de Direito Mustapha Sehimi.

Na audiência, Gnawi reconheceu ter insultado a polícia no vídeo publicado nas redes sociais, mas explicou que o fez por ter sido humilhado durante um controlo policial.

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