Foi pela voz do aclamado tenor peruano Juan Diego Flórez que a Rolex deu o pontapé de saída com o primeiro de uma série de concertos especiais integrados na "Rolex Perpetual Music."
A iniciativa destina-se a apoiar músicos e cantores, numa altura em que o mundo das artes sofre os pesados efeitos da pandemia de Covid-19.
O primeiro concerto decorreu em Pésaro, terra-natal de Gioachino Rossini na costa do mar Adriático, em Itália. O espetáculo reuniu artistas de todo o mundo e a Orquestra Sinfónica Rossini.
"A iniciativa dos concertos de 'Rolex Perpetual Music' é fantástica porque ajuda o mundo das artes, em particular clássicas", sublinhou, em entrevista à Euronews, Juan Diego Flórez. O tenor peruano acrescentou: "Estou acostumado a interagir com o público e a ver o teatro completo reagir à ópera, à ação, a aplaudir depois de uma ária. Sinto falta dessa energia que o público transmite."
A soprano da Geórgia Nino Machaidze foi uma das vozes escolhidas por Flórez.
"Há meses que não canto. Mal posso esperar para voltar ao palco, para cantar de novo com uma orquestra e sentir a magia que os artistas só conseguem sentir em palco", sublinhou a soprano, antes de entrar em palco.
O programa inclui uma seleção de excertos de óperas de Rossini, sob a batuta do maestro americano Christopher Franklin.
"Quando me enviaram este programa fiquei muito contente porque, com frequência, os programas de ópera podem-se transformar numa espécie de 'Greatest Hits'. Também há alguns neste programa, mas incluíram-se árias sérias, românticas de Rossini. Há algum drama e peças que as pessoas talvez nunca tenham ouvido", referiu o maestro Christopher Franklin.
Juan Diego Flórez trouxe a palco a ária "T’arrendi al mesto pianto", que considera realmente desconhecida.
Em setembro, a iniciativa "Rolex Perpetual Musica" prossegue com concertos em Berlim e Paris. Na Alemanha, o programa do recital conta com a soprano búlgaro-suíça Sonya Yoncheva. Em França o tenor mexicano Rolando Villazón e o violinista clássico Renaud Capuçon poderão ser ouvidos na Ópera Nacional de Paris.