A nova exposição de Vincent Munier chama-se “En Forêt” e é um mergulho fotográfico nas florestas próximas da região onde cresceu, no leste de França.
A natureza é a inspiração do fotógrafo e realizador francês Vincent Munier, que já viajou até às regiões mais remotas do planeta, dos polos ao Tibete, para fotografar animais selvagens, mas que agora quis oferecer um retrato dos animais das florestas da região onde cresceu.
Munier apresenta a sua nova exposição no museu das Confluências, em Lyon, intitulada de "En Forêt”; o projeto começou por iniciativa pelo museu, que abriu portas à fotografia no ano passado.
Em entrevista à Euronews, o fótografo e realizador revelou que ficou satisfeito com o convite do museu e descreveu-se como um defensor da natureza contra a "devastação e os apetites gananciosos do homem".
“Estou totalmente encantado com este desejo de colocar os animais em primeiro plano", sublinhou. "É isso que mais me afeta e entristece. É até que ponto nos deixamos levar sozinhos. É ‘o homem é o homem’ e os animais são um pouco um espetáculo ou um acessório, mas não estão ao mesmo nível [do que o homem]. Uma posição vertical que me irrita imenso, esta posição hegemónica da nossa espécie sobre as outras", afirmou.
Vincent Munier quer, com o seu trabalho, mostrar a vasta beleza do planeta, quer a que existe perto de casa ou do outro lado do mundo, apesar de "já não viajar há muito tempo, há alguns anos. É o meu ganha-pão, mas, de facto, podemos ficar tão comovidos com um leopardo-das-neves como com um lince, um gato selvagem ou mesmo um pequeno pintassilgo... Muitas vezes, as coisas parecem vulgares, mas se prestarmos atenção e tivermos tempo, tudo se torna extraordinário", explica.
A exposição "En Forêt" pode ser vista até 2025 no museu das Confluências na cidade de Lyon, em França.