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Nick Cave diz que IA na música é "incrivelmente perturbador"

Nick Cave posa para os fotógrafos à chegada à estreia mundial do filme "Back To Black", na segunda-feira, 8 de abril de 2024, em Londres.
Nick Cave posa para os fotógrafos à chegada à estreia mundial do filme "Back To Black", na segunda-feira, 8 de abril de 2024, em Londres. Direitos de autor Vianney Le Caer/Invision/AP
Direitos de autor Vianney Le Caer/Invision/AP
De  David Mouriquand
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Numa entrevista ao jornal diário "The Australian", Nick Cave expressou o seu receio de que a IA venha a ter um "efeito humilhante" nas indústrias criativas.

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O cantor e compositor Nick Cave nunca teve pejo em partilhar as suas opiniões sobre a Inteligência Artificial (IA), nomeadamente sobre os seus efeitos nesfastos na indústria musical e na arte.

Anteriormente, classificou oChatGPT como um exercício de "replicação como farsa" e apelidou as canções geradas por algoritmos como "tretas" e "uma zombaria grotesca do que é ser humano".

Agora, numa nova entrevista ao jornal The Australian, Cave expressou ainda o seu receio de que a IA venha a ter um "efeito humilhante" nas indústrias criativas.

"Sou uma pessoa extremamente otimista em relação ao mundo em geral, mas penso que o efeito desmoralizador, ou o efeito humilhante, que a IA terá sobre nós, enquanto espécie, fará com que deixemos de nos preocupar com algo, como a luta artística, e que aceitemos apenas o que nos é transmitido através destas coisas", reflete.

Para o músico a intenção de utilizar a IA na música é "contornar completamente o tipo de inconveniência da luta artística, indo diretamente para a mercadoria, que se reflete em nós, naquilo que somos, como seres humanos, que são apenas coisas que consomem coisas."

Para Cave, as pessoas só já consomem e não produzem. "Já não fazemos coisas. Só consumimos coisas. É assustador".

O músico também criticou o gerador de música de IA Suno, afirmando que é "totalmente banal", "sem alma nem espírito", e concluiu dizendo "Acho tudo isto incrivelmente perturbador. Não estou preocupado com o meu emprego, nem com o facto de ser substituído ou algo do género. Apenas com o que isto diz sobre nós como seres humanos".

Os Nick Cave & The Bad Seeds vão lançar o seu novo álbum "Wild God" a 30 de agosto deste ano e embarcam numa digressão pela Europa no outono. Portugal será um dos países por onda a banda passará, com um concerto na MEO Arena, em Lisboa, a 27 de outubro.

O músico e a sua banda atuaram pela última vez em Portugal em setembro de 2022 na primeira edição do festival Kalorama, em Lisboa.

Datas dos concertos :

Setembro:

24 - Oberhausen, Alemanha

26 - Amesterdão, Países Baixos

29 - Berlim, Alemanha

Outubro:

2 - Oslo, Noruega

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3 - Estocolmo, Suécia

5 - Copenhaga, Dinamarca

8 - Hamburgo, Alemanha

10 - Lodz, Polónia

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11 - Cracóvia, Polónia

13 - Budapeste, Hungria

15 - Zagreb, Croácia

17 - Praga, República Checa

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18 - Munique, Alemanha

20 - Milão, Itália

22 - Zurique, Suíça

24 - Barcelona, Espanha

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25 - Madrid, Espanha

27 - Lisboa, Portugal

30 - Antuérpia, Bélgica

Novembro

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2 - Leeds, Reino Unido

3 - Glasgow, Reino Unido

5 - Manchester, Reino Unido

6 - Cardiff, Reino Unido

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8 - Londres, Reino Unido

12 - Dublin, Irlanda

15 - Birmingham, Reino Unido

17 - Paris, França

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