Nem mesmo as personagens infantis mais queridas estão seguras na Internet, pois o Elmo da Rua Sésamo teve a sua conta sequestrada por um hacker "que publicou mensagens repugnantes, incluindo mensagens anti-semitas e racistas".
Não é assim que se faz na Rua Sésamo...
O popular programa educativo de televisão, estrelado por personagens como o Popas, o Monstro das Bolachas, o Conde de Kontarr ou ainda a dupla Egas e Becas, ensina normalmente às crianças o alfabeto, a bondade e, de um modo geral, a darem-se bem umas com as outras.
Os adoráveis monstros não se envolvem, habitualmente, em questões políticas candentes. Imaginem a surpresa dos fãs quando Elmo, o monstro vermelho peludo preferido de todos, que tem uma conta no X desde 2012 e que se tornou viral no ano passado por perguntar "Como estão todos?", lançou uma série de tweets, incluindo alguns sobre os ficheiros Epstein. Uma das mensagens dizia a Donald Trump para "libertar os ficheiros".
Isto vem na sequência do anúncio, na semana passada, de que o Departamento de Justiça dos EUA e o FBI não encontraram provas da infame lista que poderia implicar associados de alto nível de Epstein.
Mas a loucura de esmagar sonhos não ficou por aqui. A adorada (e habitualmente amiga das crianças) personagem da Rua Sésamo continuou a publicar posts chocantes em que se entregava a um antissemitismo desenfreado, afirmando num deles que os judeus "controlam o mundo" e apelando ao seu extermínio.
A Sesame Workshop, a organização sem fins lucrativos que produz o programa infantil, divulgou um comunicado em que afirma que as mensagens que considera "nojentas" e apareceram na conta do Elmo no X - que tem quase 650 000 seguidores - é de piratas informáticos.
"A conta do Elmo no X foi comprometida por um pirata informático desconhecido que publicou mensagens repugnantes, incluindo mensagens antissemitas e racistas", afirma um porta-voz. "Estamos a trabalhar para restaurar o controlo total da conta".
As mensagens ofensivas foram entretanto apagadas e a conta já voltou ao normal.