Diplomacia da UE condena violência policial nos EUA

O uso excessivo da força pela polícia contra cidadãos afrodescendentes nos EUA foi condenada pela diplomacia da União Europeia.
A morte por asfixia de George Floyd, devido a uma manobra ilegal no momento da detenção, criou uma onda de protesto a que se juntou Josep Borrell, vice-presidente da Comissão Europeia para a Política Externa.
"Estamos chocados e horrorizados com a morte de George Floyd. Isto é um abuso de poder e tem que ser denunciado, tem que ser combatido nos Estados Unidos e em todo o lado", disse Borrell, em conferência de imprensa, terça-feira, em Bruxelas.
O grau de agitação civil em muitas cidades norte-americanas, com centenas de milhares de americanos a protestarem e com casos de pilhagens, levou o presidente Donald Trump a ameaçar usar forças militares.
Bruxelas pede contenção num país de tradição democrática.
"Apoiamos o direito a manifestações pacíficas, condenamos a violência e o racismo de qualquer tipo, e pedimos uma diminuição das tensões. Permitam-me reiterar que todas as vidas são importantes e as vidas dos negros também são importantes", acrescentou Borrell.
Cidadãos europeus também se manifestaram contra o racismo nos EUA. Após uma iniciativa em Berlim, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heilo Maas, disse esperar que estes episódios deixem de se repetir.
"Só posso expressar esperança de que os protestos pacíficos não levem a mais violência, mas quero sublinhar que a minha maior esperança é de que esses protestos produzam alguma mudança nos Estados Unidos", afirmou Heiko Maas.
George Floyd morreu a 25 de maio, tendo a detenção sido filmada e levado a uma onda de indignação que dura há uma semana.