UE reage à expulsão de diplomatas europeus por Moscovo depois do Kremlin ter expulso diplomatas da Eslováquia e de três Países Bálticos
A União Europeia já reagiu à expulsão por Moscovo de diplomatas europeus da Eslováquia e de três países Bálticos.
As expulsões surgem como retaliação por parte do Kremlin depois de quatro países terem expulso sete diplomatas russos na semana passada, em solidariedade com a Chéquia.
Praga acusa Moscovo de envolvimento na explosão de depósitos de munições em 2014, algo que vem agravar as profundas diferenças entre a Europa e a Rússia.
O responsável pela diplomacia europeia, Josep Borrell, afirma que as relações atravessam um período difícil e que o bloco não vai permitir mais provocações.
"Não queremos entrar numa dinâmica de escalada, é preciso ser claro. Ainda assim, queremos mostrar que não vamos aceitar táticas intimidatórias e que teremos que responder se ocorrerem", respondeu o Alto Representante da União Europeia para Política Externa e de Segurança.
O conflito diplomático com Moscovo já levou alguns eurodeputados a apelarem a mais medidas contra a Rússia.
É o caso da eurodeputada húngara Katalin Cseh.
"Acredito que a UE tem que fazer muito mais. É por isso que pressionamos o Alto Representante Borrell para implementar sanções contra diplomatas russos aqui em Bruxelas e também para o governo alemão parar a construção do gasoduto. Devemos lidar com a ameaça russa porque se trata de uma ameaça, não devemos permanecer silenciosos", disse a eurodeputada do Grupo Renew.
A eurodeputada defende a implementação de sanções contra os oligarcas russos, algo que Bruxelas sabe que Putin não vai gostar.
Ainda que a maioria dos eurodeputados reconheça a necessidade de agir contra a ameaça russa, para outros, as linhas de comunicação devem permanecer abertas.
"É preciso fazer parceria com a Rússia. Precisamos de ter um bom diálogo com a Rússia mas definir linhas vermelhas, defender os nossos interesses, valores e segurança" defende Vladimír Bilčík, eurodeputado eslovaco do grupo do PPE.
Apesar de permanecerem em aberto questões como a Ucrânia e o opositor do Kremlin Alexei Navalny, Borrell abriu espaço ao diálogo com a Rússia afirmando que os dois deverão continuar empenhados nas grandes questões como é o caso das alterações climáticas.