Nova variante do coronavírus, Ómicron, é um dos pratos fortes do encontro. Vacinação obrigatória não consta da agenda oficial da reunião
A vacinação contra a Covid-19 deve tornar-se obrigatória?
A questão continua a gerar debates intensos, mas não consta, oficialmente, da agenda do encontro dos ministros europeus da Saúde reunidos, esta terça-feira, em Bruxelas.
Ainda assim, a pergunta impõe-se perante uma nova vaga da pandemia e com o surgimento da nova estirpe do coronavírus, Ómicron.
De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, a taxa geral de notificação de casos de COVID-19 para a União Europeia e o Espaço Económico Europeu foi de 742,1 por cada cem mil habitantes na semana que terminou a 28 de novembro.
O número que tem aumentado continuamente nas últimas oito semanas.
"Compreendo o debate [sobre a vacinação obrigatória]. Esta discussão é realmente necessária. É muito importante que se faça a distinção entre as pessoas que estão vacinadas e as que não estão no dia-a-dia: em restaurantes, transportes, onde quer que seja. Mas a questão de saber se a vacinação obrigatória é a maneira certa de fazer isso ou não é um debate que precisamos de ter", sublinhou, à chegada ao encontro, o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, prestes a cessar funções.
Para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o debate sobre a vacinação obrigatória é importante.
Para já, pelo menos, os ministros da Saúde lembram que o assunto é da competência dos Estados-membros.
"A resposta é mais vacinação. Se deve ser obrigatória ou não, penso que neste momento continua a ser uma questão para cada Estado-Membro decidir. O que não quer dizer que no futuro não precisemos de tomar uma decisão coletiva, como uma União, sobre isso. Mas, por enquanto, é preciso mais vacinação incluindo a dose de reforço", referiu o ministro da Saúde de Malta, Christopher Fearne.
A Áustria foi o primeiro Estado-membro a anunciar que a vacinação contra a Covid-19 se tornará obrigatória, a partir de 1 de fevereiro do ano que vem.
A Alemanha mostrou-se a favor de fazer o mesmo.
Já a Grécia, tornou a vacina obrigatória para os maiores de 60 anos.