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Bruxelas quer tornar produtos sustentáveis uma norma

Bruxelas quer prolongar a vida útil de bens de consumo, incluindo produtos eletrónicos
Bruxelas quer prolongar a vida útil de bens de consumo, incluindo produtos eletrónicos Direitos de autor  Geert Vanden Wijngaert/The Associated Press
Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/The Associated Press
De Gregoire Lory
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Comissão Europeia apresentou propostas para prolongar vida útil de diferentes produtos, desde a eletrónica a materiais de construção, passando pelos têxteis

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A Comissão Europeia apresentou, esta quarta-feira, um pacote de medidas para estimular a economia circular no bloco comunitário. Recuperar, reutilizar e reciclar são as palavras-chave das propostas de Bruxelas.

O objetivo passa, em parte, por reduzir a dependência europeia de matérias-primas virgens e a despesa, promovendo-se ao mesmo tempo a defesa do ambiente.

Bruxelas quer inundar o mercado comunitário de produtos criados de forma ecológica e durável. Para isso propôs a criação de um passaporte digital, com a indicação da performance energética dos produtos, por exemplo.

"Vai ser um código QR que terá respostas sobre a reciclagem, sobre o conteúdo reciclável que é usado para produzir, sobre a durabilidade e sobre as possibilidades de reparação. É um software que terá de alertar para o caráter obsoleto do aparelho", sublinhou Virginijus Sinkevičius, comissário europeu com a pasta do Ambiente, Oceanos e Pescas.

A Comissão Europeia também apresentou uma estratégia para a indústria têxtil, de forma a combater os efeitos nefastos da "moda rápida" na cadeia de valor europeia. 

O setor têxtil é a quarta fonte de emissões de gases com efeito de estufa e uma fonte de poluição química e microplástica.

Bruxelas quer roupas com vida útil mais longa, recicláveis e produzidas de acordo com o respeito pelas normas sociais.

O projeto é visto com bons olhos no Parlamento Europeu, mas Anna Cavazzini, eurodeputada alemã do grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia e presidente da Comissão parlamentar para o Mercado Interno e Proteção dos Consumidores, não escondeu algumas reservas: "só 1% dos têxteis mundiais está a ser reciclado. O resto está a ser queimado ou a encher os nossos terrenos. Por isso, é bom que a Comissão Europeia esteja a abordar a problemática dos têxteis. Mas não estou realmente satisfeita com o facto de ser apenas uma estratégia. Isso significa que não há requisitos legais e que são apenas algumas ideias não vinculantes."

A Comissão Europeia insiste que por causa da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, a economia circular é uma oportunidade para reduzir a dependência de determinadas matérias-primas e reforçar a autonomia estratégica do bloco.

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