A candidatura de reeleição de Ursula von der Leyen, as sanções contra a Rússia e a crise de Rafah são os temas do nosso semanal da política europeia.
Ursula von der Leyen afirmou, esta semana, que está entusiasmada com a possibilidade de um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia, sendo candidata às eleições europeias de junho. Um entusiasmo partilhado pelo Partido Popular Europeu (PPE), dada a notoriedade que esta ganhou na UE e no resto do mundo.
Outro dos destaques desta semana foi a aprovação do 13º pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, lançada há dois anos. O novo pacote visa as empresas que ajudam a Rússia a obter produtos objeto de sanções, incluindo as sediadas na China, na Turquia e na Coreia do Norte.
Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE, afirmou que, na sequência da morte na prisão do líder da oposição russa Alexei Navalny, o regime de sanções dos direitos humanos do bloco passará a ter o seu nome.
A proposta foi discutida durante uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, onde não houve consenso sobre uma declaração que apelava a um cessar-fogo em Gaza. Mais uma vez, e sem surpresa, a Hungria foi o único dos 27 países que não a apoiou, bem como o apelo a Israel para que não efetue uma operação terrestre na cidade de Rafah.
Cerca de 1,5 milhões de palestinianos estão abrigados nesta cidade e a catástrofe humanitária iria agravar-se muito, alertou a ONU. Achim Steiner, administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), teve reuniões com a Comissão Europeia no início da semana.
Convidado pela Euronews para discutir uma possível evacuação de palestinianos para o Egito, no caso de uma operação terrestre israelita em Rafah, Steiner considerou que se tratava de um risco grave.
"A única resposta neste momento é um cessar-fogo humanitário. Confiar numa evacuação de, talvez, um milhão de pessoas que já estão deslocadas internamente, nestas circunstâncias, poderia, como muitos disseram, resultar numa perda de vidas absolutamente catastrófica", afirmou.
"Por conseguinte, a especulação sobre o local para onde as pessoas se poderiam deslocar não é algo que, na ONU, consideremos viável, nem desejamos fazer parte de uma deslocação forçada de pessoas", acrescentou.
(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)