Aumenta pressão internacional sobre Israel antes de ofensiva em Rafah

Ataques mais recentes em Rafah fizeram pelo menos 67 mortos
Ataques mais recentes em Rafah fizeram pelo menos 67 mortos Direitos de autor Fatima Shbair/AP
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Israel prepara ofensiva sobre a cidade do sul de Gaza onde se amontoa milhão e meio de pessoas. Comunidade internacional endurece o tom para com Telavive.

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Israel está a enfrentar uma pressão internacional crescente sobre a intenção de lançar um ataque militar em grande escala na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Com mais de 1,5 milhões de pessoas amontoadas na cidade, na maioria vindas de outros pontos do território, as promessas do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de retirar os civis foram criticadas por Josep Borrell, chefe da política externa da UE

"Toda a gente vai a Telavive dizer: 'Por favor, não façam isso. Protejam os civis. Não matem tantos'. Quantos são demasiados? Qual é a norma? Mas Netanyahu não ouve ninguém. Eles vão evacuar. Para onde? Para a Lua? Onde é que vão retirar estas pessoas?"

Eles vão evacuar. Para onde? Para a Lua? Onde é que vão retirar estas pessoas?
Josep Borrell
Líder da política externa da UE

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, foi mais diplomático ao discursar na Escócia: "Pensamos que é impossível ver como se pode travar uma guerra entre estas pessoas. Não há sítio para onde possam ir. Não podem ir para sul, para o Egito, não podem ir para norte e voltar para as suas casas porque muitas foram destruídas", disse Cameron.

Forças de Israel libertam dois reféns

Netanyahu prefere frisar o sucesso da operação que resultou no resgate de dois reféns israelitas em Rafah e felicitou os soldados que montaram a operação.

O exército israelita divulgou imagens do resgate que mostram o momento em que os soldados avançaram para extrair os dois homens. Os ataques aéreos lançados nas proximidades, para apoiar o resgate, mataram pelo menos 67 palestinianos.

Com Israel a acreditar que Rafah e o sul de Gaza são bastiões do Hamas, as hostilidades continuam. A OMS afirma que os hospitais estão sobrecarregados e mal abastecidos. Mais de 20.000 pessoas estão abrigadas no hospital europeu de Gaza, em Khan Younis. Aquelas que estão prontas para receber alta não têm um lugar seguro para onde ir.

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